Após uma reunião entre o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, e o líder guianês, Mohammed Irfaan Ali, nesta quinta-feira (14), os 2 países assinaram uma declaração conjunta em que concordaram em resolver o impasse de acordo com o direito internacional.
A Venezuela e a Guiana se comprometeram em não usar quaisquer tipos de força e não ameaçar, direta e indiretamente, a soberania territorial um do outro “sob quaisquer circunstâncias” na disputa da região de Essequibo.
Também foi decidido que representantes dos dois países vão se encontrar no Brasil, dentro de três meses, para uma segunda rodada de diálogos sobre o território guianense.
Neste primeiro encontro, os dois países se comprometeram a uma série de ações:
- Não se ameaçar ou usar a força um contra o outro em quaisquer circunstâncias, incluindo aquelas decorrentes de quaisquer controvérsias existentes entre os dois países;
- Resolver quaisquer controvérsias entre os dois países de acordo com o direito internacional, incluindo o Acordo de Genebra, que trata da região de Essequibo e que foi firmado em 1966;
- Abster-se, seja por palavras ou por atos, de agravar qualquer conflito ou discordância entre os dois países;
- Estabelecer uma comissão conjunta de ministros e técnicos dos dois países para tratar do assunto;
- Guiana e a Venezuela, direta ou indiretamente, não ameaçarão ou usarão a força uma contra a outra em quaisquer circunstâncias;
- Reunir-se no Brasil nos próximos três meses ou em outra data mutuamente acordada para tratar de assuntos relacionados a Essequibo.