MOSCOU, 8 DEZ (ANSA) – O presidente da Rússia, Vladimir Putin, falou publicamente nesta quarta-feira (8) sobre o encontro virtual que teve com seu homólogo norte-americano, Joe Biden, e afirmou que é uma “provocação” dizer que seu país quer invadir a Ucrânia.   

“Nós não estamos buscando nenhum confronto contra ninguém. A Rússia apoia a paz, mas também tem o direito de garantir a sua segurança no médio e no longo prazo”, disse Putin em coletiva após reunião com o premiê grego Kyriakos Mitsotakis.   

A reunião desta terça-feira (7) entre os dois líderes ocorreu em um momento de grande tensão internacional por uma possível invasão russa no território ucraniano. Os norte-americanos e também os europeus alertam há meses sobre o aumento da presença das tropas de Moscou nas fronteiras entre as duas nações.   

Do outro lado, o chefe do Kremlin acusa a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) de elevar suas ações na região próxima à Rússia e que esse é um dos motivos do aumento na segurança do território.   

“Observar passivamente os desenvolvimentos da possível adesão da Ucrânia à Otan seria um comportamento criminoso”, disse ressaltando que “entre dias ou uma semana” a Rússia irá apresentar aos EUA as suas propostas sobre o dossiê de segurança para a Europa.   

Questionado sobre como classificaria o encontro com Biden, Putin afirmou que a “principal coisa” é que “poderemos manter o diálogo com o presidente norte-americano” e que a reunião foi “aberta, construtiva e concreta”.   

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“O presidente Biden e eu concordamos durante a nossa conversa que iremos continuar a discussão [sobre segurança] e faremos isso de maneira substancial. Nós trocaremos nossos posicionamentos sobre esse ponto em um futuro próximo. A Rússia preparará as suas considerações, literalmente, nos próximos dias e as transmitiremos à parte norte-americana para consideração”, pontuou ainda.   

Outro ponto do encontro, foi o debate nas questões de cibersegurança, ponto que causou uma série de sanções de Washington contra Moscou por conta de ataques de hackers a empresas e instituições norte-americanas.   

“Conversamos detalhadamente sobre cibersegurança e concordamos que, após o nosso encontro em Genebra, conseguimos avançar de maneira mais substancial nessa direção”, acrescentou ainda lembrando da reunião cara a cara entre os dois em 16 de junho.   

(ANSA).   


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