Com o fim do jejum do atacante colombiano Borja, que não marcava desde 21 de junho, e outra atuação efetiva de Keno, autor de um gol e uma assistência, o Palmeiras venceu a Ponte Preta por 2 a 0, nesta quinta-feira, no estádio do Pacaembu, em São Paulo, pela 29.ª rodada do Campeonato Brasileiro. Com o resultado, a equipe alviverde está em quarto lugar, consolida-se na busca por uma vaga na Copa Libertadores e mantém a esperança de perseguir o líder Corinthians – a distância agora é de nove pontos (59 a 50). O time de Campinas (SP), com 32, permanece na zona de rebaixamento.

Um dos destaques do jogo foi o colombiano Miguel Borja, que voltou a marcar depois de quatro meses – seu último gol havia sido contra o Atlético Goianiense, no estádio Allianz Parque, em São Paulo, pelo Brasileirão.

O Palmeiras usou a movimentação dos jogadores como principal estratégia para chegar ao gol. Dudu, Keno e Willian, na linha de frente, Moisés e Tchê Tchê, na região central, não tinham posição fixa, o que criava várias opções de ataque e confundia a zaga da Ponte Preta. Foi assim que Moisés mergulhou para cabecear e exigiu grande defesa de Aranha. O dono do segundo melhor ataque do Brasileirão, com 41 gols, atrás apenas do Grêmio, mostrou que estava azeitado.

Aos 27 minutos, Keno abriu o placar. Depois de Moisés perder na cara de Aranha, o atacante que havia sido destaque no último jogo com três assistências marcou o seu. Destaque para a esperteza de Willian, que bateu rapidamente o lateral no início da jogada. O zagueiro Rodrigo falhou no lance.

As virtudes ofensivas do Palmeiras não foram suficientes para minimizar os erros da defesa. Com a marcação em linha, os zagueiros permitiram várias infiltrações do rival. Por isso, o técnico Eduardo Baptista pedia jogadas em velocidade pelas laterais. Jogadas perigosas com cruzamentos na área se repetiram três vezes na frente do goleiro Fernando Prass. O time alviverde só conseguiu neutralizar a jogada no final do primeiro tempo.

Ofensivamente, o Palmeiras perdeu parte de seu poder quando teve de substituir Willian, machucado, por Borja ainda na etapa inicial. Com menos de um minuto do segundo tempo, o colombiano quase encerrou o jejum. Quase. Após lançamento de Egidio, Keno só ajeitou, mas Borja chutou por cima, na frente do goleiro.

Superior tecnicamente, o Palmeiras continuou com o leme da partida, com índice de posse de bola superior a 70%, mas as chances de gol ficaram mais raras. O único susto para Aranha foi um chute de Keno que passou raspando após falha da zaga da Ponte Preta.

Aos 27 minutos, o colombiano finalmente desencantou. E com um belo gol. Após assistência de Keno, o camisa 9 deu um chapéu em Aranha e conseguiu completar de cabeça. Foi apenas seu oitavo gol no ano, o quarto no torneio nacional. Borja foi abraçado por todos os companheiros e fez questão de cumprimentar o técnico Alberto Valentim.

Com a vitória assegurada, o técnico palmeirense aproveitou a partida para motivar o elenco. No final do jogo, o volante Arouca, que soma apenas uma partida em 2017 após duas cirurgias no tornozelo, entrou em campo. Felipe Melo entrou no lugar de Moisés. O time conseguiu fazer as pazes com o Pacaembu, que recebeu quase 20 mil pessoas, depois do empate sofrido diante do Bahia por 2 a 2 na última partida.

FICHA TÉCNICA

PALMEIRAS 2 x 0 PONTE PRETA

PALMEIRAS – Fernando Prass; Mayke, Juninho, Edu Dracena e Egidio; Bruno Henrique, Tchê Tchê (Arouca) e Moisés (Felipe Melo); Dudu, Keno e Willian (Borja). Técnico: Alberto Valentim.

PONTE PRETA – Aranha; Nino Paraíba, Marllon, Rodrigo e Jeferson; Elton (Jadson), Claudinho (Renato Cajá), Naldo, Jean Patrick (Saraiva) e Danilo Barcelos; Lucca. Técnico: Eduardo Baptista.

GOLS – Keno, aos 27 minutos do primeiro tempo; Borja, aos 27 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS – Elton, Marllon, Jeferson e Nino Paraíba (Ponte Preta).

ÁRBITRO – Leandro Bizzo Marinho (SP).

RENDA – R$ 525.802,50.

PÚBLICO – 19.976 pagantes.

LOCAL – Estádio do Pacaembu, em São Paulo (SP).