TEERÃ, 21 FEV (ANSA) – Pouco menos de dois meses depois da morte do general Qassem Soleimani em um bombardeio americano no Iraque, o Irã foi às urnas nesta sexta-feira (21) para as eleições parlamentares, encerrando uma campanha marcada pelo desinteresse, do eleitorado reformista.   

A votação começou às 8h (hora local) e estava prevista para terminar às 18h, mas foi prolongada em duas horas porque, segundo a imprensa local, ainda havia pessoas nos colégios eleitorais.   

Os primeiros resultados devem ser divulgados neste sábado (22), e prevê-se um fortalecimento da ala conservadora no Parlamento.   

“A nação iraniana criará uma nova fonte de orgulho, e nossos inimigos ficarão ainda mais frustrados”, disse o presidente Hassan Rohani, considerado um reformista.   

Já o guia supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, disse que quem se preocupa com o interesse nacional deveria participar das eleições. “O voto é um dever religioso e o cumprimento dos direitos civis do povo”, declarou.   

As eleições definirão os 290 membros do Parlamento e sete integrantes da Assembleia dos Especialistas, composta por 88 religiosos encarregados de eleger o guia supremo do país.   

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O Irã conviveu com protestos populares contra o fim dos subsídios aos combustíveis no fim do ano passado, mas a morte de Soleimani, no início de janeiro, provocou uma breve mobilização da sociedade contra os EUA e em uma causa pró-regime.   

Mas a revelação de que a Guarda Revolucionária havia derrubado um avião civil ucraniano enquanto bombardeava bases americanas no Iraque reacendeu a insatisfação popular com o establishment – das 176 pessoas a bordo, 82 eram iranianas. (ANSA)


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