Após prisão, empresário suspeito de ligação com PCC é processado pela Shell

Jailson Couto Ribeiro era conhecido como o "maior revendedor da Shell da América Latina"

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Jailson Couto Ribeiro Foto: reprodução/redes sociais

O empresário Jailson Couto Ribeiro, conhecido como o “maior revendedor da Shell da América Latina” está sendo processado por uso indevido da marca. A ação foi aberta após ele ser preso por suspeita de participação em esquema de lavagem de dinheiro e adulteração de combustíveis na Bahia.

Segundo investigações da Polícia Civil no que diz respeito à Operação Primus, Jailson “Jau” compactuou com Mohamad Hussein Mourad, empresário suspeito de integrar o PCC, para vender combustíveis na Bahia. Apesar de ter deixado de usar combustíveis da Shell, Jailson ainda utilizava a bandeira da marca em seus postos.

Ele era conectado à política local, chegando a tentar ser prefeito de Iaçu em 2024, pelo partido Avante. Além da Primus, Jau é investigado na Operação Carbono Oculto e Operação Tank, ambas da Polícia Federal.

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Segundo o UOL, a estratégia do empresário era criar CNPJs nos endereços em que se localizavam os postos. Os combustíveis eram comprados por essas empresas, em nome de laranjas – não pelas instituições associadas à Raízen, distribuidora da Shell. Esses combustíveis eram fornecidos por empresas integrantes ao esquema de produção e distribuição do PCC em São Paulo.

Jailson seria o elo de ligação entre as ações criminosas de Beto Louco e Primo (Roberto Augusto Leme da Silva e Mohamad Hussein Mourad, respectivamente) na Bahia.

A reportagem procurou a Shell para entender os detalhes do processo, mas não obteve resposta até o momento da publicação.