Após polêmica, tribunal anula julgamento por morte de Maradona

BUENOS AIRES, 29 MAI (ANSA) – Após o escândalo envolvendo a juíza argentina Julieta Makintach, o tribunal de San Isidro decidiu nesta quinta-feira (29) anular o julgamento que apura se a morte do ex-jogador Diego Maradona, ocorrida em 2020, foi homicídio.   

A magistrada foi afastada do processo por ter participado de um documentário não autorizado sobre o caso, tanto que imagens feitas sem autorização dentro do tribunal foram exibidas e geraram forte reação entre os envolvidos.   

A decisão foi comunicada pelo juiz Maximiliano Savarino, um dos magistrados da corte.   

“A juíza Julieta Makintach não interveio de forma imparcial e sua conduta causou danos tanto ao autor quanto à defesa”, afirmou.   

Ao todo, sete pessoas que cuidavam do ex-craque estavam sendo julgados por homicídio e, se fossem considerados culpados, poderiam pegar de oito a 25 anos de cadeia. Uma oitava acusada pediu um júri popular e será julgada separadamente.   

Maradona faleceu em decorrência de “insuficiência respiratória e parada cardíaca”, mas os promotores do caso alegaram que o ídolo do Napoli estava em situação de “abandono” por parte dos profissionais de saúde. Na época, o argentino se recuperava de uma cirurgia que retirou um hematoma na cabeça.   

(ANSA).