Apesar de perder para Alex Morgan a braçadeira de capitã na partida contra a França, Megan Rapinoe continua sendo a líder dentro e fora de campo da seleção dos Estados Unidos. Nesta sexta-feira, ela fez os dois gols na vitória por 2 a 1 sobre as donas da casa, em Paris, e classificou sua equipe para a semifinal do Mundial Feminino. O time vai enfrentar a Inglaterra na terça, em Lyon.

Pelas oitavas de final, ela já havia marcado dois gols também, ambos de pênalti, na vitória por 2 a 1 sobre a Espanha. “Gostaríamos de ter jogado melhor, mas o mais importante é que estamos nas semifinais e vamos enfrentar a Inglaterra. É muito especial ganhar da seleção local em pleno Parque dos Príncipes. Não se pode pedir mais que isso”, comentou.

Aos 33 anos, ela está na seleção desde 2006 e já fez 157 partidas, tendo marcado 49 gols. É famosa pelo seu ativismo pelos direitos LGBT (ela é homossexual) e pela igualdade de tratamento na US Soccer, a confederação de futebol dos EUA. Ao lado de outras jogadoras, protestou contra a diferença de salários e premiações entre homens e mulheres na seleção.

Até por isso, a ótima campanha na Copa do Mundo ajuda a ampliar os holofotes sobre sua seleção. “Ganhar da França, em Paris, com tantos torcedores na arquibancada, é um feito incrível. Até por isso, quando se chega a uma semifinal eliminando uma das favoritas, o objetivo tem de ser buscar o título mundial”, avisou.

O resultado, além da ótima atuação, ajudam Rapinoe numa polêmica recente. Ela entrou em atrito com o presidente Donald Trump porque, em entrevista, disse que não aceitaria visitar a “p… da Casa Branca” caso fosse campeã. O presidente dos EUA rebateu no Twitter e falou que ela “não deveria faltar com respeito ao nosso país, à Casa Branca e à nossa bandeira”. A jogadora, no entanto, manteve sua postura crítica ao atual governo. “É uma administração que não luta pelas mesmas coisas que combatemos.”

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