Após o parto, Duda Reis opta por ‘mommy makeover’: entenda a cirurgia

Atriz revela que emagreceu 27 kg e passou por procedimentos após a maternidade; cirurgiã plástica explica quando a cirurgia é indicada e o que é mito ou verdade nesse momento.

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Duda Reis Foto: Reprodução/Instagram

A maternidade transforma — o corpo, a rotina e a mente. Após o nascimento do bebê, muitas mulheres se veem diante de uma nova versão de si mesmas, com mudanças físicas que nem sempre desaparecem sozinhas. Foi o que aconteceu com a atriz Duda Reis, que revelou recentemente ter emagrecido 27 kg e passado por cirurgias plásticas após o nascimento da filha.

A repercussão nas redes sociais reacendeu a discussão sobre autoestima e maternidade, e trouxe visibilidade para um procedimento conhecido como mommy makeover.

A cirurgia, que pode reunir abdominoplastia, lipoaspiração e cirurgia das mamas, tem como objetivo restaurar a harmonia do corpo após a gestação. Para entender melhor quando esse tipo de procedimento é indicado, Dra. Larissa Sumodjo, cirurgiã plástica pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), explica os principais pontos.

“A decisão por uma cirurgia plástica no pós-parto precisa ser madura e planejada. O corpo leva tempo para se reorganizar, e o bem-estar da mulher, inclusive emocional, deve ser levado em conta”, afirma.

Segundo a especialista, o mommy makeover é indicado para mulheres que já atingiram estabilidade de peso, têm uma rotina minimamente organizada com o bebê e desejam melhorar aspectos como flacidez abdominal, mamas caídas ou gordura localizada, especialmente nos flancos e abdômen.

“Trata-se de uma cirurgia extensa, por isso é fundamental que a paciente programe sua vida pessoal e profissional para um pós-operatório tranquilo. O ideal é aguardar pelo menos 1 ano após o parto”, reforça.

Mitos e verdades sobre cirurgia plástica no pós-parto

A Dra. Larissa também responde algumas das dúvidas mais comuns que surgem nesse momento:

  • Silicone atrapalha a amamentação?

Mito. “Quando colocado atrás da glândula ou do músculo, o implante não interfere na amamentação. O tipo de incisão, no entanto, pode fazer diferença — a periareolar, por exemplo, pode comprometer estruturas mamárias.”

  • Implante de silicone interfere na saída do leite?

Mito. “O silicone não bloqueia os ductos mamários. Mas, a mama pode ficar mais firme e, durante a apojadura, dificultar a pega. Nestes casos, orientação de especialistas é fundamental.”

  • A amamentação causa flacidez, mesmo com silicone?

Depende. “Fatores como genética, ganho de volume durante a gestação e número de gestações influenciam diretamente na aparência final da mama.”

  • Quem ainda quer ter filhos não pode fazer abdominoplastia?

Depende. “O ideal é esperar, mas se a mulher tiver flacidez importante por outras razões, como perda de peso acentuada, e estiver disposta a aceitar uma eventual perda de resultado após uma gestação futura, a cirurgia pode ser realizada.”

  • É possível operar logo após o parto?

Mito. “Logo após o parto, o corpo ainda está em transição. O útero permanece aumentado, o peso é instável e a rotina está em plena adaptação. O ideal é aguardar pelo menos 12 meses”, explica.

Mais do que uma transformação estética, o mommy makeover pode ser uma forma de reconexão com o corpo desde que planejado com critério, alinhado às expectativas da mulher e conduzido com acompanhamento médico.

“O mais importante é que essa escolha seja feita pela mulher, por ela mesma e não por pressões externas. Quando a cirurgia é desejada com consciência, pode sim ser uma grande aliada da autoestima e da saúde emocional”, conclui a médica.

Referências Bibliográficas

• Médica graduada pela Universidade federal de São Paulo - UNIFESP/EPM (2006)
• Residência médica em cirurgia geral - Universidade federal de São Paulo - UNIFESP/EPM (2007/2008)
• Residência médica em cirurgia plástica - Universidade federal de São Paulo - UNIFESP/EPM (2009-2011)
• Membro associado da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (desde 2012)
• Membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (desde 2014)
• Chefe de equipe de reconstrução mamária do programa de filantropia do Hospital Sírio Libanês (2012 a 2018)
• Médica de retaguarda de cirurgia plástica do Hospital Sírio Libanês (2019-2021)