Recentemente devastadas por Irma, as ilhas do Caribe se preparavam para a chegada nesta segunda-feira (18) de um novo furacão, Maria, que ganhou força, passando a categoria 3.
Maria se transformou em um furacão no domingo, enquanto se dirigia para o leste do Caribe com ventos de até 150 km/h, informou o Centro Nacional de Furacões (NHC, sigla em inglês) dos Estados Unidos.
Na manhã desta segunda-feira, o furacão dirigia-se para o oeste-noroeste, com a ilha francesa de Guadalupe em seu caminho. É nesta localidade onde se encontra a base das operações de resgate e ajuda humanitária para as muitas ilhas atingidas pelo Irma este mês.
Os alertas e as recomendações foram elevados em várias ilhas do Caribe, que ainda não se recuperaram do devastador furacão Irma no início de setembro.
O NHC soou o “aviso de furacão” para Guadalupe, Dominica, São Cristóvão e Névis, Montserrat e Martinica, além de emitir uma “vigilância de furacão” para Porto Rico, Vieques e Culebra.
Além disso, advertiu que Maria pode produzir “uma perigosa tempestade e ondas grandes e destrutivas”, as quais elevariam os níveis do mar entre 1,2 e 1,8 metro, em sua passagem pelas ilhas de Sotavento. O furacão Maria deve atingir essa localidade nesta segunda à noite.
As autoridades francesas lançaram um “alerta vermelho” para ciclones para a ilha da Martinica antes da chegada do furacão, o que deve acontecer em torno de meio-dia (13h de Brasília).
A ilha francesa de Guadalupe também foi colocada em “alerta vermelho” para ciclone a partir do meio-dia.
Em nota, a prefeitura local pediu que “as pessoas não se desloquem, busquem abrigo, seja em casa, seja em um lugar seguro, e que relatem as condições climáticas por rádio”.
O serviço meteorológico francês Météo France advertiu que “essa ameaça deve ser levada muito a sério”.
“Météo France espera ondas de até dez metros, ventos violentos de 150 km/h a 180 km/h, rajadas de até 200 km/h, chuvas pesadas de até 400 mm por local e que continuarão durante todo o dia na terça-feira”, anunciou a agência.
Na Martinica, as autoridades ressaltaram que “este fenômeno meteorológico pode se traduzir em inundações”.
As autoridades informaram que as ilhas de Saint Martin e St. Barts ainda estão sob alerta amarelo.
Barbuda foi dizimada pelo furacão Irma nos dias 5 e 6 de setembro, quando foi a primeira ilha do Caribe a receber este ciclone de categoria 5.
Irma deixou cerca de 40 mortos no Caribe antes de atingir a Flórida, onde pelo menos 20 pessoas morreram.
Depois de ser acusado de falhar na prevenção durante a passagem do Irma, o ministro francês do Interior, Gérard Collomb, anunciou no domingo (17) que enviará cerca de 110 militares da Defesa Civil.
França, Grã-Bretanha e Holanda foram criticadas pela demora em enviar ajuda e reforços policiais às suas ilhas.
No domingo, a Cruz Vermelha transportou 11 toneladas de ajuda para Saint Martin.
A Marinha holandesa indicou que algumas tropas se dirigiam para as ilhas para garantir a segurança da região.
Um segundo furacão, José, também está ativo no Atlântico e desencadeou alertas de tempestades tropicais para o nordeste dos Estados Unidos.
As companhias aéreas Air France, Air Caraibes e Corsair cancelaram os voos com procedência ou destino na Martinica e Guadalupe.