Em entrevista ao programa Fantástico, da TV Globo, deste domingo, dia 3, o humorista e influenciador Whindersson Nunes contou como a internação para tratar uma dependência de álcool o levou ao diagnóstico de superdotação. De acordo com ele, seus episódios de depressão têm muito a ver com a quantidade de pensamentos e ideias que se passam pela sua mente o tempo todo.
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De acordo com o humorista, ele queria entender os motivos que o levavam a querer ver o fim de uma garrafa de bebida todas as vezes que começava a beber: “Só queria se fosse muito. Quando você está internado, você fica constantemente observado e aí me chamaram para fazer o teste”, disse ele sobre uma bateria de exames neuropsicológicos.
O QI (Quociente de Inteligência) de Whindersson é acima da média: 138, a média é de 96/101. Por isso, ele tem mais habilidades em determinadas áreas do que uma pessoa comum teria. “Eu achava que era uma coisa muito distante, mas, na verdade, não é. De repente, você tem algum nível e não sabe”, disse Nunes.
No entanto, o caminho até a descoberta de sua condição, não foi fácil. “Eu já ia, por meio das artes, tentando fazer uma gambiarra na minha vida e me ajudar. Eu não fui assistido por pais que sabiam que tinham um filho com altas habilidades”, afirmou. De acordo com ele, “quase nunca” é mais vantajoso ser como ele é.
A superdotação, muitas vezes, está associada à depressão. Mas não é sempre que isso ocorre. No caso de Whindersson, o mais difícil de controlar, segundo ele, é o pensamento melancólico e a forma compulsiva de encarar sua realidade. “É uma questão de auto conhecimento mesmo, de perturbação de conhecer a mim mesmo“, afirmou o humorista.
Hoje, ele continua se tratando com psiquiatra, diminuiu o tempo de tela e está bebendo menos. “Eu já não estou mais pensando em vencer, ser o primeiro, isso e aquilo. É saber que aqui é uma passagem, é um tempo, mas é pequeno”, disse.