O ex-ministro da Secretaria Geral de Governo Geddel Vieira Lima e o presidente Michel Temer (Foto: AFP / Arquivos)
O ex-ministro da Secretaria Geral de Governo Geddel Vieira Lima e o presidente Michel Temer (Foto: AFP / Arquivos)

Após oficialização da saída do ministro da Secretaria Geral de Governo, Geddel Vieira Lima, em esforço para tentar estancar a sangria que levou o presidente Michel Temer para o epicentro de uma crise política, interlocutores do presidente avaliam como agora serão conduzidas não só a nomeação do novo articulador político, mas também Temer deve proceder nas próximas horas. “A condução é esperar o resultado das investigações e falar a verdade ”, argumenta um aliado.

“Temer quis manter os dois ministros no cargo”, diz aliado

A versão mantida pelos interlocutores do Planalto é que o presidente Temer não fez pressão para beneficiar Geddel e seus interesses pessoais no prédio na Bahia, mas que o objetivo era administrar o conflito. “A intenção do presidente foi manter os dois ministros no governo”, disse um amigo de Temer, reservadamente. “Na conversa com Calero,Temer não só pediu para ele ficar, como recomendou que o caso fosse analisado pelo Conselho de Ética da Presidência e pela AGU (Advocacia Geral da União).”

Preço de manter Geddel foi alto e subestimado

Interlocutores de Michel Temer avaliam que o presidente subestimou o potencial de evolução da crise e que foi alto demais o preço de manter Geddel Vieira Lima no governo como um player imprescindível para conseguir aprovar no Congresso a PEC do Teto. Aliados concordam que foi subdimensionada a velocidade nos desdobramentos da crise deflagrada pelo pedido de demissão do ex-ministro da Cultura Marcelo Calero e ampliada pelas gravações entregues pelo ex-ministro à Polícia Federal.