O Botafogo se posicionou oficialmente nesta segunda-feira sobre a arbitragem do clássico do último domingo, diante do Vasco, pela Taça Rio. Com “absoluto inconformismo”, o clube criticou a atuação do juiz Leonardo Garcia Cavaleiro e entrou com representação formal junto à Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj) exigindo seu afastamento.

“O Botafogo solicita da Ferj as providências cabíveis junto à Comissão de Arbitragem de Futebol (Coaf) e ao Grupo de Gerenciamento de Problemas (GGP) para que o árbitro Leonardo Garcia Cavaleiro seja devidamente afastado de suas atividades, tendo em vista o notório e inequívoco descumprimento das regras do jogo”, comunicou o clube.

O lance que revoltou os botafoguenses aconteceu logo no início do confronto, quando Rildo, em uma entrada extremamente violenta, acertou a sola da chuteira na canela de João Paulo. O resultado da falta foi que o meio-campista botafoguense teve a tíbia e a fíbula fraturadas, sendo obrigado a passar por cirurgia, enquanto o atacante vascaíno recebeu somente o cartão amarelo.

“O jogador Rildo, do Vasco da Gama, atingiu de forma temerária e violenta o atleta João Paulo, do Botafogo, causando revolta imediata, no estádio ou fora dele, em todos que presenciaram a conduta antidesportiva. Naquele exato momento, já fora constatada a gravidade da lesão provocada no jogador do Botafogo”, comentou o clube.

Segundo o ofício enviado pelo Botafogo, o árbitro deveria ter se atentado para a gravidade da lesão causada por Rildo para puni-lo de forma mais veemente. Afinal, a fratura ficou imediatamente evidenciada. Agora, João Paulo deve ficar afastado dos gramados por cerca de seis meses.

“Sem qualquer compromisso e, acima de tudo, respeito com os participantes do evento, o árbitro ousou aplicar tão somente uma advertência ao jogador Rildo, mesmo diante da cristalina infração. É inconcebível que um lance de tamanha violência acarrete apenas um cartão amarelo ao infrator, ficando configurado o erro crasso cometido pela arbitragem.”

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Além das críticas ao árbitro, o Botafogo também atacou a Ferj, uma vez que seu Grupo de Gerenciamento de Problemas optou por não punir Leonardo Garcia Cavaleiro, por valorizar os “88 minutos” em que o clássico foi disputado com normalidade. “Lamentamos a fatalidade ocorrida com o atleta do Botafogo F.R., no entanto, entendemos que a fratura do atleta não seja responsabilidade do árbitro uma vez que a disputa pela bola foi feita entre dois jogadores adversários”, avaliou.

“Tão lamentável quanto o erro grosseiro cometido pelo Sr. Leonardo Garcia Cavaleiro, somente a avaliação sem fundamentos do GGP. A ausência de punição exemplar ao árbitro configura flagrante desrespeito aos ditames legais do futebol, em detrimento ao jogo limpo que almejam todos os participantes dos eventos esportivos”, disse o clube.


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