O técnico Dunga concluiu, depois da estreia do Brasil na Copa América Centenário, que a evolução da equipe tem de passar pela variações de jogadas e por maior eficiência nas conclusões. Assim, é principalmente estes dois aspectos que vai trabalhar nos próximos treinamentos. De maneira geral ele gostou do rendimento da equipe no empate sem gols de sábado contra o Equador, mas sabe que o time está longe do ideal.

No período de quase duas semanas de preparação em Los Angeles, Dunga enfatizou bastante a necessidade de variar jogadas e de manter a posse de bola. Mas os treinamentos foram prejudicados porque, a rigor, em nenhum dia ele teve todos os jogadores à sua disposição. Isso porque apresentações ocorreram em datas diferentes, cortes tiveram de ser feitos e os substitutos não chegaram imediatamente em seguida e durante os treinos vários atletas tiveram de ser poupados por sentirem dores musculares.

Por isso, ele espera que o curto período em Orlando, local da segunda partida pelo Grupo B, quarta-feira contra o frágil Haiti, seja mais produtivo. A seleção chegou neste domingo à cidade da Flórida, onde fica até quinta-feira.

“A equipe, num todo, se comportou bem”, disse Dunga ao analisar o jogo com o Equador. “Mas temos de criar variações. Também temos de trabalhar as conclusões.”

De fato, contra o Equador, a seleção, apesar de ficado muito mais tempo do que o adversário com a posse de bola (65%), só concluiu a gol com direção em três oportunidades. Deu outras quatro finalizações fora do alvo e foi só.

Para Dunga, diante de todos os problemas o saldo é positivo até agora. A necessidade de melhora, porém, existe e precisa ser rápida. “O que nós temos que trabalhar mais é em termos de conclusão, diversificar um pouco mais. Não só tentar infiltração, mas chutar mais de média e longa distância. Isso depende da característica dos jogadores.”

Durante a partida contra os equatorianos, Dunga, ao perceber o adversário bastante fechado na defesa, tentou algumas variações que poderão ser repetidas. No segundo tempo, ele colocou Lucas Moura mais aberto pela direita, mandou Gabriel a campo para que jogasse bem avançado e por fim, deu a Lucas Lima a incumbência de armar o jogo nos 15 minutos finais.

Lucas Moura, que entrou bem na partida, concordou com Dunga em relação à falta de eficiência ofensiva da seleção. “Eu procurarei acelerar o jogo, a equipe se comportou muito bem, mas faltou o gol. A gente teve mais volume, mas não matamos o jogo, não tivemos eficiência”, reconheceu.