Depois de bater quem parecia imbatível, Alexander Zverev, de 24 anos, está a um passo da glória olímpica. Na madrugada deste domingo (horário de Brasília), o alemão disputa a final dos Jogos Olímpicos de Tóquio contra Karen Khachanov, atleta do Comitê Olímpico Russo, na condição de favorito ao título que ele tirou de Novak Djokovic após eliminar o sérvio na semifinal.

Atual número 5 do ranking mundial, se ganhar ele repete o feito de Steffi Graf, última tenista da Alemanha a conquistar o ouro olímpico, em Seul-1988. Havia mais de duas décadas que o país não chegava a uma decisão de Jogos Olímpicos na chave masculina individual, desde a prata de Tommy Haas, na edição de Sydney-2000.

E Zverev tem pleno conhecimento do que uma vitória sobre Khachanov poderá significar não só para a sua carreira, mas para sua terra. “Não estou jogando apenas para mim, meus pais, meu irmão e minha família. Estou jogando por um país inteiro, pelas pessoas aqui e por todos que estão me assistindo e me apoiando”, disse.

A final olímpica é o auge da carreira desse tenista que começou a jogar com apenas cinco anos, influenciado pelo pai, Alexander, que foi tenista profissional e hoje é seu treinador. A família inteira, inclusive, é ligada ao esporte. A mãe, Irena, é técnica e o irmão mais velho, Mischa, também é tenista profissional.

Os pais e o irmão são russos e se mudaram em 1991 para a Alemanha, onde nasceu Zverev. “Quando eu tinha apenas um ano de idade, costumava passar meu tempo empurrando uma bola de tênis pelo apartamento com uma raquete. Aí, meus pais começaram a me levar com eles para as quadras”, conta o jovem atleta.

Logo, o tenista já começou a se destacar por unir técnica e força e chegou ao posto de número 1 do mundo no circuito juvenil. Garoto prodígio, passou a trilhar uma escalada internacional vertiginosa. Aos 16 anos, conquistou o título juvenil do Aberto da Austrália.

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Precocidade é uma marca de Zverev. Em 2017, com apenas 20 anos, o alemão tornou-se o mais jovem vencedor de um Master 1000 em uma década depois de superar o próprio Djokovic em Roma. Na temporada seguinte, Zverev também se tornou o mais jovem campeão do ATP Finals igualando também o sérvio Djokovic, que venceu o torneio, em 2008, então com os mesmos 21 anos do alemão.

Zverev não esconde a sua idolatria por Djokovic. Ao bater o sérvio na semifinal dos Jogos Olímpicos de Tóquio, ele caiu no choro no meio da quadra e fez questão de dar um abraço apertado e cochichar no ouvido do rival. “Eu disse a ele que ele é o maior de todos os tempos. É incrível derrotar o melhor jogador do mundo. Parecia que era impossível vencê-lo.”

Para vencer Djokovic, o alemão conseguiu impor o seu estilo de jogo muito agressivo. Com 1,98m de altura, ele é capaz de disparar golpes fortíssimos, que dificultam – e muito – a devolução do adversário. Foi assim na sexta-feira e ele espera que seja também na decisão diante de Khachanov.

BRASIL – Zverev é muito amigo do tenista brasileiro Marcelo Melo. Eles se conheceram em 2015, durante um torneio em Roterdã, na Holanda, e estreitaram o relacionamento desde então. Apesar da diferença de 13 anos entre os dois, eles têm o hábito de treinar e viajar de férias juntos. Um vídeo de ambos dançando em uma praia nas Maldivas chegou a viralizar nas redes sociais.


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