O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), se defendeu nesta terça-feira, 8, após ter a gestão do Estado chamada de “medíocre” pelo candidato do próprio partido, o deputado federal Alexandre Ramagem (PL). Com o fim da campanha eleitoral fluminense, o chefe do Executivo estadual disse ainda que o ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) não era sua primeira opção e que as críticas são de “quem não conhece o Rio”.

“Quando vem uma ofensa dessa, não é o Cláudio Castro. É para todos os 460 mil servidores ativos e inativos. Gente que não tem nenhum serviço prestado, que tem muito menos história que eu, tem que ter cuidado nas palavras”, se defendeu Castro.

Segundo o governador, ele tinha como as primeiras opções para a disputa o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o deputado federal Doutor Luizinho (PP), um aliado no Estado. “Meu preferido era o Flávio Bolsonaro, depois o Doutor Luizinho. Ele foi a terceira opção. Tivemos que preparar muito, porque não conhecia nada de Rio de Janeiro”, afirmou.

Ao ser confrontado pelo prefeito reeleito Eduardo Paes (PSD) no debate da TV Globo sobre a crise na segurança pública no Rio e o apadrinhamento de Castro, Ramagem rebateu e, pela primeira vez, minimizou o apoio do governador.

“Eu não tenho ‘padrinho Cláudio Castro’. Eu sou liderado por Jair Messias Bolsonaro”, disse, criticando em seguida a gestão do governador do Estado. “É uma gestão medíocre. Tem muito a se fazer.”

Castro ainda criticou a estratégia do colega de partido de focar toda a campanha no tema da segurança pública – uma prerrogativa majoritariamente do governo estadual.