A proximidade do jogo com a Colômbia trouxe de volta lembranças recentes, e nada agradáveis, à seleção brasileira. Os últimos confrontos com o adversário de terça-feira na Arena Amazônia foram pesados e bastante violentos. Existe a perspectiva de que isso se repita do duelo em Manaus e os jogadores estão sendo alertados para a importância de não perder o controle.

O Brasil precisa vencer para entrar na zona de classificação à Copa de 2018, na Rússia, e um dos itens necessários para atingir o objetivo é não se deixar levar por catimba, provocações e deslealdades. “Não podemos perder a cabeça, temos de fazer nosso jogo em paz, tranquilos. Se estivermos concentrados, um ajudando o outro, com tranquilidade, poderemos fazer um bom jogo”, diz o volante Paulinho.

Ele participou da partida pelas quartas de final da Copa de 2014 (Brasil 2 a 1), em que Neymar foi atingido pelo lateral-direito Zuñiga e sofreu contusão na vértebra que o tirou do Mundial, e prevê a possibilidade de o jogo de terça ser muito duro.

“Pode ser que haja uma entrada ou outra mais forte, pode ter confronto, choque, mas temos que ter a cabeça no lugar”, diz.

Paulinho só tem uma certeza: qualquer que seja a característica do jogo, ele será duríssimo por causa da qualidade técnica dos colombianos. “Todos sabem a dificuldade que vamos enfrentar, por ser uma grande seleção e ter grandes jogadores.”

O goleiro Alisson também prefere ver a dificuldade mais pelo aspecto técnico do que por fatores como violência e antijogo. “Vai ser uma partida dura. A Colômbia cresceu e sempre tenta complicar. Tem o James Rodríguez, que é o principal jogador, mas precisamos neutralizar as jogadas de todos e fazer uma apresentação segura.”

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EMOCIONAL DE NEYMAR – A maneira com que Neymar vai se comportar emocionalmente é motivo de preocupação. Isso porque as partidas contra a Colômbia têm sido uma guerra para o atacante. Além daquele jogo da Copa de 2014, ele foi perseguido em campo em amistoso realizado meses depois em Miami e, na Copa América de 2015, realizada no Chile. Lá, foi provocado durante todo o tempo no jogo em que o Brasil perdeu por 1 a 0.

Neymar acabou expulso após o encerramento daquela partida por se envolver num atrito com o zagueiro Murillo, com Zuñiga e o atacante Bacca. Depois, se desentendeu com o juiz chileno Enrique Osses e toda a confusão lhe custou quatro partidas de suspensão.

Tudo indica que o tom provocativo contra Neymar irá se repetir em Manaus. Aliás, já começou fora de campo. Neste domingo, tanto Murillo quanto o volante Perez disseram “não gostar” do comportamento de Neymar, alegando que o brasileiro procura humilhar os rivais em campo.

Lembraram também do jogo recente pela Olimpíada do Rio, disputado no Itaquerão, quando Neymar deu um pontapé no meio-campista Roa e só recebeu cartão amarelo. Naquela partida, o brasileiro foi alvo de várias faltas violentas na primeira etapa. Os colombianos se revezaram para atingi-lo.

Os rivais, aliás, estão procurando jogar para o Brasil a possibilidade de haver tumulto. “Estamos preparados para não entrar em provocações, temos de nos concentrar em jogar a partida. Temos de evitar a provocação”, disse o volante Carlos Sanchez à imprensa de seu país.


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