Letícia Senai Letícia Sena https://istoe.com.br/autor/leticia-sena/
09/01/2023 - 15:47
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Bruno Aiub, mais conhecido como Monark, voltou a gerar polêmica ao fazer uma declaração em seu perfil no Twitter. Na rede social, o youtuber disse que sente ‘simpatia’ por quem participou dos atos antidemocráticos em Brasília, na tarde de domingo (8).
“Eu sinto simpatia pelas pessoas que estão protestando, esse nosso estado é uma ditadura nefasta e autoritária, só roubam o povo. Algo deve ser feito, mas nossa classe política se provou covarde e conivente, com isso é normal o povo se sentir sem esperanças e rebelar”, escreveu Monark no microblog.
“A coisa tem 3 caminhos agora para seguir: Estado cede aos manifestantes ao ponto de desmobiliza-los, Estado usa da força para retirar tudo mundo e prendendo algumas pessoas, os manifestantes se cansam e vão para casa”, completou.
Após a repercussão negativa, Monark negou que apoie a invasão de bolsonaristas ao Congresso: “Quero deixar claro que eu não apoio a invasão, meus comentários tem como propósito apenas analisar e situação. Espero que todos os envolvidos voltem para suas casas em segurança, e que os atos de violência sejam punidos”, disse.
Essa não é a primeira vez que Monark se manifesta contrário aos princípios democráticos. A IstoÉ Gente relembra abaixo todas as polêmicas do youtuber. Confira!
Isolamento social
Em agosto de 2020, Monark se mostrou contra as medidas de combate a pandemia da Covid-19 e afirmou que a medida não era eficaz: “Quarentena é como um verniz para a gente se sentir bem”, disparou ele.
Racismo
Em outubro do ano passado, Monark compartilhou um questionamento em seu perfil do Twitter sobre se “ter opinião racista era crime”. Depois de ser detonado nas redes sociais, ele disse que as pessoas estava querendo criminalizar o pensamento. “Querem criminalizar o pensamento. Muito perigoso isso. Autoritarismo começa assim”, disse na ocasião.
Homofobia
Também em outubro do ano passado, Monark entrevistou o comediante Antonio Tabet no “Flow Podcast”, e, na atração, enquanto acontecia uma discursão sobre leis contra falas discriminatórias, Tabet trouxe o exemplo de casos de crime contra homossexuais. “Um cara que fala assim: ‘eu acho que gay tem que apanhar na Avenida Paulista’”, afirmou ele, sendo interrompido pelo apresentador.
“E o cara que fala: ‘eu amo refrigerante, nossa, com açúcar então. Amo pra carlh*, quero beber refrigerante e acho que todo mundo tinha que beber refrigerante”, disparou Monark.
Armamento
Em entrevista ao deputado Marcelo Freixo, o ex-apresentador do “Flow Podcast” comparou o uso de arma de fogo com ter um carro. Segundo ele, o veículo também pode ser usado para matar.
Nazismo
Durante uma entrevista com a deputada Tabata Amaral (PSB/SP) e o deputado Kim Kataguiri (DEM/SP), Monark afirmou. “Eu acho que tinha que ter um partido nazista reconhecido pela lei” e “Se o cara quiser ser um antijudeu, eu acho que ele tinha direito de ser”.
Pornografia infantil
Nopodcast “Monark Talks”, o apresentador afirmou que não sabe se quem consome pornografia infantil deveria ser considerado criminoso. “Eu acho que, se o cara fica utilizando muito (…) Não sei se ele é um criminoso. Acho que o crime está em produzir e divulgar. Mas que é uma coisa que você vai dizer que esse cara não bate bem das bolas, com certeza é. Mas criminoso não sei”, disse.
Na tarde deste domingo (8), bolsonaristas invadiram o Congresso em Brasília. O grupo de extremistas, que marchava pela Esplanada dos Ministérios, enfrentou os bloqueios policiais e invadiu o prédio do Congresso Nacional. Os apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) subiram a rampa que dá acesso ao prédio e depredaram tudo no local.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou neste domingo intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal até 31 de janeiro deste ano após a invasão e depredação por bolsonaristas extremistas das sedes dos Três Poderes da República, e culpou o ex-presidente Jair Bolsonaro por ter estimulado os atos de vandalismo.