O dólar renovou máximas ante o real no fim da manhã desta segunda-feira, 20, precificando o resultado da pesquisa eleitoral CNT/MDA. O dólar à vista atingiu máxima a R$ 3,9563 (+1,08%), na esteira da máxima do dólar futuro de setembro, a R$ 3,9615 (+1,08%).

O economista-chefe da corretora Spinelli, André Perfeito, diz que o mercado está operando a eleição agora.

“O dólar sobe forte porque o candidato Geraldo Alckmin não foi bem na pesquisa CNT/MDA, teve 4,9% das intenções de voto pesquisa. abaixo da Marina Silva e quase empatado com Ciro Gomes. Lula segue na liderança. Isso deteriora as expectativas locais hoje”, comenta o economista.

Já a Bolsa teve reação apenas moderada à pesquisa eleitoral. Segundo um operador de renda variável, a sondagem não trouxe grandes novidades em relação ao cenário traçado por outros levantamentos.

Às 11h26, o principal índice da Bolsa (Ibovespa) recuava 0,34% (75.930,91 pontos), ante desvalorização de 0,24% (75.849,14 pontos) instantes antes da divulgação dos números.

“Não agrada ao mercado o fato de o Geraldo Alckmin continuar estagnado, mesmo após a aliança com o Centrão”, observou o operador.

O candidato tucano à Presidência aparece atrás de Marina Silva (5,6%), do deputado Jair Bolsonaro (18,3%) e do líder, o ex-presidente Luiz Inácio Lula a Silva (37,3%).

Sobre o levantamento do MDA, é levado em conta apenas um cenário para a pesquisa estimulada, com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva representando o PT. Caso o entrevistado tenha escolhido o petista entre os demais candidatos, o entrevistador fez uma segunda pergunta, avaliando em quem seria o voto caso Lula seja retirado da disputa.

Nesse caso, foram avaliados os nomes do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, vice na chapa, e dos demais candidatos registrados na corrida presidencial.