Claudia Ohana, de 57 anos, voltou a se pronunciar na web após a polêmica de ter devolvido dois cães que adotou. A atriz soltou um comunicado nas redes sociais para pedir desculpas e prestar esclarecimentos sobre o ocorrido. Em um longo texto no Instagram, Ohana relatou que deixou os animais temporariamente em uma ONG, no Rio de Janeiro, por enfrentar problemas de saúde.

Veja na íntegra o relato da artista:

Em dezembro de 2019, adotei dois filhotes de dois meses. Infelizmente, em março, três meses depois do convívio com o Thor e com o Tigrão, a pandemia causada pelo Sars-CoV-2 chegou ao Brasil. Foi quando iniciei o isolamento em minha casa. Trancada em casa, sozinha e sem poder sair na rua para passear com eles, me encontrei em uma situação muito difícil.

Em função da extensão da propagação da pandemia, diante da necessidade deles enquanto filhotes, e das minhas limitações de saúde –comecei a ter crises agudas na minha coluna que comprometeram a minha mobilidade–, considerei a opção de devolvê-los. Inclusive, cheguei a falar sobre isso com a Toca do Bicho.

Fui em busca de soluções que, além de garantirem que fossem bem tratados enquanto não estivessem comigo, também permitiriam que eles tivessem espaço para correr e brincar. Em um primeiro momento, pensei em mandá-los, temporariamente, para o sítio de um amigo meu de longa data. Lá, eles teriam mais espaço e poderiam gastar mais energia.

Dividi esse pensamento com a Toca e eles me alertaram que eu não poderia fazer isso porque o sítio não tinha muro e que, pelo contrato que assine com eles, isso era proibido. Eles mesmos, depois de perceberam que, talvez, eu não tivesse outra opção a não ser devolver, sugeriram que os cachorros ficassem temporariamente o período da pandemia no abrigo, onde estariam acompanhados da mãe e dos irmãos. Opção que aceitei na hora por acreditar que, certamente, lá seriam bem tratados e, inclusive, mais felizes até o momento de retornarem para minha casa.

Como eu estava em processo de recuperação e com vários outros problemas, acreditei — e acredito–, que eles não poderiam estar em melhor lugar. Acabei não ligando para saber deles por esse motivo e porque acabei me ocupando com meu estado de saúde. Paralelo a isso, ainda que tive que lidar com a internação na UTI de um familiar muito próximo. Não liguei para a ONG Toca do Bicho e errei, sim, por não ligar.

Não quero, de jeito nenhum, travar uma guerra com a Toca do Bicho, pois o trabalho que eles fazem é muito importante, mas confesso que fiquei surpresa ao descobrir, através das redes sociais, que eles tinham colocado o Thor e Tigrão para uma nova adoção sem, ao menos, me consultar. Me deram valiosos conselhos, foram muito amigáveis e compreensíveis comigo quando eu dividi com eles as dificuldades que eu vinha enfrentando em meio a essa pandemia justamente por estar com a coluna em um estado que me impedia de abaixar ou fazer qualquer esforço mais bruto.

Eu tenho um 1,60 de altura e peso 47 quilos. Obviamente, eu passei a encontrar sérias dificuldades de ordem motora para cuidar dos meus doguinhos que cresceram rapidamente e ainda não tinha passado por nenhum processo de adestramento. Confesso que não vi abandono nisso, apenas achei que era a única coisa possível de se fazer em uma situação como a minha. Sinto falta dos meus cachorros e sei que eles também sentem de mim. Mas, infelizmente, nada se deu como imaginei. Quero reforçar que o motivo da minha separação não foi por conta de móveis estragados. Bens materiais a gente trabalha e compra de novo. O amor, não.

Peço desculpas, mais uma vez, com a esperança de encontrar uma solução, o mais rápido possível, para receber os meus dogs outra vez. Sei que, talvez, vocês não entendem minha atitude de ter pedido para eles acolherem os meus cachorros durante a pandemia, mas só sei o quanto me esforcei para dar conta de tudo e o quanto sofri por ter que me afastar deles.

Veja a publicação de Claudia Ohana na rede social:

https://www.instagram.com/p/CC67jRkDfTn/?utm_source=ig_embed