Por Silvia Lambertucci SAN CASCIANO DEI BAGNI, 3 DEZ (ANSA) – Em meio às recentes descobertas das eras etrusca e romana, a cidade de San Casciano dei Bagni, na Toscana, centro-norte da Itália, se prepara para ganhar um museu e um parque arqueológico para contar a riqueza de uma história que está sendo revelada apenas agora.   

Os dois projetos são financiados pelo Ministério da Cultura e serão estreitamente conectados para garantir aos visitantes uma “experiência única”, segundo o chefe do Departamento de Arqueologia da pasta, Luigi La Rocca.   

As duas atrações serão feitas de maneira gradual, e a inauguração da primeira parte está prevista para o fim de 2026.   

Uma delas será a “Casa dos Bronzes”, um museu de quatro andares (incluindo um subterrâneo) dedicado a abrigar as estátuas, joias, moedas e outros objetos encontrados na antiga piscina termal de San Casciano dei Bagni, que permaneceu ativa entre os séculos 3 a.C. e 5 d.C.   

A cidade se tornou mundialmente famosa em novembro de 2022, após a descoberta de um depósito com 24 estátuas de bronze que passou 2 mil anos coberto pela lama e pela água. Desde então, as escavações seguem a todo vapor, revelando novos achados periodicamente.   

A “Casa dos Bronzes” ainda terá cafeteria, livraria, sala de conferências e ficará em um antigo palacete do século 16 comprado pelo Ministério da Cultura há um ano por cerca de 600 mil euros (R$ 3,8 milhões). “Pensamos em um museu que seja capaz de tornar universais as histórias das pessoas”, diz o diretor-geral de museus da pasta, Massimo Osanna.   

Já o parque arqueológico exigirá mais tempo, uma vez que sua implementação dependerá do avanço das escavações e da resolução de problemas de natureza técnica ligados ao fluxo de água no local, que ainda cobre a parte posterior da antiga piscina.   

Enquanto isso, o governo trabalha na compra de terrenos privados que circundam a área das escavações para ampliar a zona de pesquisa e buscar os restos do complexo onde o santuário romano estava inserido. Ainda assim, está prevista uma primeira abertura paralelamente à do museu.   

“A área arqueológica estará sempre aberta, inclusive durante campanhas de escavação”, garantiu La Rocca. (ANSA).