31/10/2022 - 18:12
Após derrota de Jair Bolsonaro (PL) nas eleições presidenciais de 2022, a Jovem Pan, conhecida por ser alinhada ao posicionamento do atual mandatário, está fazendo mudanças de impacto no quadro de jornalistas. Nesta segunda-feira (31), a emissora demitiu o apresentador Augusto Nunes.
O jornalista estava afastado da emissora por descumprir orientação de não usar expressões como “ladrão”, “ex-presidiário”, “descondenado” e “amigo de ditadores” para se referir ao então candidato à presidência e agora próximo presidente do Brasil, Luís Inácio Lula da Silva (PT).
Guilherme Fiúza também deixou de fazer parte dos quadros da Jovem Pan. Os dois jornalistas estavam à frente do programa “Pingos nos Is”, um dos principais da emissora, que abriu espaço diversas vezes para que Bolsonaro fosse entrevistado, chegando até a retransmitir as lives do atual presidente na programação. Pela mesma razão de Nunes, Fiúza também estava afastado da programação.
A saída de Caio Coppola também foi anunciada nesta segunda pós resultado das urnas.
Agora à noite, o comentarista Guga Noblat comunicou em seu Twitter que também foi desligado da emissora. “Acabo de ser comunicado que estou fora da Jovem Pan por não ter defendido a rádio na história da censura. Estava desde a semana passada afastado e agora é definitivo”, disse.
Acabo de ser comunicado que estou fora da Jovem Pan por não ter defendido a rádio na história da censura. Estava desde a semana passada afastado e agora é definitivo.
— GugaNoblat (@GugaNoblat) October 31, 2022
Sem citar nomes, a emissora afirmou que estava do lado da democracia. “A Jovem Pan não vai se omitir e jamais vai aceitar afrontas ao Estado Democrático de Direito e a destruição de nosso país”, escreveu em editorial.