NOVA YORK, 24 SET (ANSA) – Milhares de pessoas saíram às ruas da cidade de Louisville, no Kentucky, nesta quarta-feira (23) para protestar contra a decisão da justiça local de não incriminar policiais pelo assassinato de Breonna Taylor, uma mulher negra de 26 anos.   

Um júri decidiu que dois dos três policiais que atuaram na ação do dia 13 de março não devem ser responsabilizados e que o policial Brett Hankinson deve responder formalmente por “colocar a vizinhança em perigo” e por disparar de maneira “indiferente”.   

Ou seja, nenhum dos três responderá pelo assassinato de Taylor em si.   

A decisão causou revolta na cidade e, por isso, milhares foram às ruas para se manifestar sob o slogan “sem justiça, sem paz”.   

Dois agentes que faziam a segurança foram vítimas de tiros e uma pessoa foi presa. Louisville decretou estado de emergência e toque de recolher a partir das 21h.   

– O caso: A morte da jovem tornou-se um dos símbolos da luta contra a violência policial contra as pessoas negras nos Estados Unidos. Segundo relatado pela própria justiça, a polícia obteve um mandato para invadir o apartamento de Taylor e de seu namorado, Kenneth Walker, em busca de drogas.   

Com a entrada da polícia, Walker se assustou e achou que eram bandidos invadindo o apartamento, atirando contra os agentes.   

Após a investigação, a justiça confirmou que a arma usada pelo namorado de Taylor era regular e legalizada e que nenhum entorpecente foi achado dentro do apartamento. Além disso, Walker informou que os agentes se negaram a chamar uma ambulância para tentar salvar Breonna.   

Nenhum dos tiros que mataram a jovem, que estava deitada em sua cama, foi disparado por Hankinson, mas sim pelos outros agentes.   

Ao todo, ela foi alvejada por seis disparos. No entanto, o júri alegou que eles atiraram em legítima defesa. (ANSA).