O primeiro debate para a corrida presidencial entre Joe Biden e Donald Trump, na quinta-feira, 27, foi marcado por lapsos, franqueza e mau desempenho do atual mandatário norte-americano. Isso fez acender alguns alertas dentro do partido democrata, que pode começar a considerar a ideia de substituir Biden.

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Mesmo tendo vencido as primárias democratas no início deste ano, Biden ainda precisa ser aprovado como candidato do partido durante a Convenção Nacional Democrata de 2024, realizada em Chicago de 19 a 22 de agosto.

Porém, segundo o portal “AP News”, substituir Biden na corrida eleitoral não seria uma tarefa fácil, pois cada estado norte-americano já realizou as suas primárias e, de acordo com a regras democráticas, os delegados que o presidente conquistou são obrigados a apoiá-lo na convenção nacional do partido.

A outra opção seria Biden concordar em se afastar da corrida eleitoral e, assim, permitir que os delegados escolham outra pessoa. Isso pode abrir brecha para que a vice-presidente Kamala Harris entre na disputa. No entanto ela teria de disputar espaço com outros candidatos democratas que buscam substituir o presidente.

Além de Kamala Harris, os democratas que buscam suas próprias aspirações presidenciais são: Gavin Newsom, governador da Califórnia; Gretchen Whitmer, governadora de Michigan; Josh Shapiro, governador da Pensilvânia; JB Pritzker, governador de Illinois; e Ro Khanna, deputado da Califórnia.

Porém um integrante da campanha de Biden garantiu ao site “The Hill” nesta sexta-feira, 28, que o presidente não pretende desistir da disputa. A postura hesitante a às vezes confusa do atual mandatário segue causando preocupação dentro da legenda. “Os partidos existem para vencer, o homem no palco contra Trump não pode vencer”, disse um democrata ao jornal “The New York Times”.

A CNN realizou uma pesquisa na qual apontou que 67% dos eleitores acreditam que Trump venceu o debate, contra 33% de Biden, cuja candidatura é questionada devido aos seus 81 anos.