Após repercussão negativa nas redes sociais, o ministro das Comunicações, Fábio Faria (PSD), apagou do Twitter um vídeo do presidente Jair Bolsonaro (PL) comendo frango assado com farofa em uma barraca, em Brasília (DF), no domingo (30).
Internautas classificaram a gravação como uma tentativa falha de mostrar o presidente como um “homem do povo”. Horas antes da divulgação do vídeo, havia saído a notícia de que o presidente gastou quase R$ 30 milhões no cartão corporativo até dezembro do ano passado. O valor ultrapassa o que foi usado pelos ex-presidentes Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (MDB) em quatro anos de gestão.
https://twitter.com/AnonNovidades/status/1487862536766697481
Procurado pelo Uol, Fábio Faria minimizou o fato de ter excluído o vídeo. Conforme o ministro, sua equipe resolveu fazer a publicação sem sua autorização.
“Não foi jogada política, não fui eu que fiz o vídeo, até porque eu estava em Natal. E também não deletei porque teve repercussão negativa, apenas porque não passou por mim e porque foge dos posts de entregas e realizações que são postados sem minha autorização prévia”, afirmou ao Uol.
O @fabiofaria apagou o vídeo do B0ls0n@r0 comendo?! Tem nada não… A gente posta e reafirma:
1. Pra quem ainda confunde dinheiro, acesso à educação e poder com educação e respeito aí vai uma imagem que vale mais que mil palavras;
2. O povo não se identifica com essa imundície. pic.twitter.com/5PO0dC3X9I— Marina Gadelha 🌳🌎 (@GadelhaMarina) January 31, 2022
Vocês viram o vídeo do Bolsonaro todo sujo de farofa comendo churrasco?
Tentou passar a imagem de humilde e acertou na imundice. Quem teve que limpar esse chão e lavar a roupa dele depois? Vergonha de ter um presidente como esse! #ForaBolsonaro pic.twitter.com/lpv0pMkLsf— UNIÃO NACIONAL DOS ESTUDANTES 🎓✊🏿 (@uneoficial) January 31, 2022
Bolsonaro comendo frango com as mãos e emporcalhando o chão com farofa reflete a forma com que o Brasil vem sendo governado.
— Vinícius 🏳️🌈 (@viniluchi) January 30, 2022
Para a equipe de bolsonaro a imagem de um "homem do povo" é de alguém que come que nem porco. É uma turma tão distante do povo que acha que talheres e guardanapo ainda não foram incorporados. Não consideram o povo como seres humanos, por isso são contra terem direitos.
— Ricardo Pereira (@ricardope) January 30, 2022