ROMA, 21 NOV (ANSA) – Após meses de controvérsia e ameaças de diversos países, os organizadores do Eurovision anunciaram que vão alterar as regras de votação para reforçar a “confiança e a transparência” do tradicional concurso musical.
A decisão da União Europeia de Radiodifusão (UER) deve ser oficializada em breve, na esteira da polêmica gerada nos últimos anos pelo apoio massivo do público aos candidatos israelenses.
“Estamos tomando medidas claras e decisivas para garantir que o concurso continue a ser uma celebração da música e da união. O evento deve permanecer um espaço neutro e não deve ser explorado”, afirmou Martin Green, diretor do megaevento.
Diversas nações participantes, entre elas Espanha, Islândia, Irlanda, Holanda e Eslovênia, ameaçaram se retirar do concurso caso Israel, contestado por sua guerra na Faixa de Gaza, permanecesse na competição.
“Entre as novas regras está o retorno de júris profissionais para as semifinais, com painéis ampliados e mais diversos. Os fãs também serão incentivados a distribuir seu apoio por vários canais. As proteções técnicas serão reforçadas para detectar e bloquear qualquer atividade de votação coordenada ou fraudulenta. A promoção desproporcional por terceiros, incluindo campanhas apoiadas por governos, também será proibida”, informou a entidade.
Os responsáveis pelo Eurovision ainda não revelaram se Israel participará ou não, mas a lista completa de participantes da edição de 2026 será divulgada antes do Natal.
Na edição passada do evento, Tel Aviv foi representada pela cantora Yuval Raphael. A artista, de 25 anos, que sobreviveu ao massacre do Hamas em 2023 após se esconder sob uma pilha de cadáveres, foi vice-campeã, ficando atrás apenas do austríaco Johannes Pietsch, mais conhecido como “JJ”. (ANSA).