Após condenação de Bolsonaro, Valdemar diz que ‘é hora de outras estratégias’

Valdemar Costa Neto
Valdemar Costa Neto Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete réus foram condenados pela maioria da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal por tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Mesmo assim, o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, afirmou que pretende continuar trabalhando para que uma lei de anistia seja aprovada no Congresso Nacional.

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), vem resistindo à ideia de incluir o projeto na pauta da Casa.

Já Davi Alcolumbre (União-AP), presidente do Senado, afirmou publicamente que não pretende votar uma anistia ampla. Ele defende reduzir as penas ou anistiar apenas os condenados pelos atos antidemocráticos do 8 de janeiro de 2023 — quando bolsonaristas invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes.

Questionado pelo O Globo sobre o posicionamento de Alcolumbre, Costa Neto afirmou que a oposição não vai aceitar uma anistia que não contemple Bolsonaro. “Designei Carlos Portinho (PL-RJ) e Rogério Marinho (PL-RN) para tratar do tema no Senado e trabalharemos com as bancadas. Temos o União e o PP do nosso lado, além de uma parte do PSD”, emendou.

O presidente do PL ainda destacou que pretende se reunir com o líder nacional do Republicanos, o deputado Marcos Pereira (SP), para tratar de um possível apoio da sigla. “Quanto ao Supremo, o tema por lá está liquidado. É hora de outras estratégias”, ressaltou.

Indagado sobre a escolha de um outro candidato da oposição para concorrer nas eleições de 2026, Valdemar disse que um possível nome para substituir Bolsonaro apenas deve ser debatido quando se esgotar as possibilidades de uma lei de anistia.

Ainda sobre a questão de um provável sucessor, o presidente do PL afirmou que a direita tem grandes nomes como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos); o governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD); e o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), entre outros.

“Mas, minha aposta é da direita unida em 2026, ainda no primeiro turno, e unida depois disso também, não vejo fragmentação”, ressaltou.

Por fim, Costa Neto revelou que o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) será candidato por Santa Catarina. “Está cravado. Já alugou casa por lá e contamos que ele vai renunciar ao mandato na Câmara Municipal do Rio de Janeiro até o final do ano”, concluiu.