Recentemente, Carol Dias contou, em seu Instagram, os motivos que a levaram a remover as próteses de silicone dos seios. O procedimento ao qual Carol foi submetida foi uma cirurgia de explante

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“Meus seios estavam totalmente ‘esparramados’. De pé não dava para ver tanto, mas deitada ele ia para as laterais, sabe? Entrando nas axilas. Eu estava com excesso de pele”, esclareceu a influenciadora, que é esposa de Kaká.

Mas por que isso acontece? Pensando na dúvida, a IstoÉ Gente procurou o Dr. João Paulo Figueiredo, cirurgião plástico especialista em cirurgia de lipo LAD, ex-aluno de Ivo Pitanguy e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, que atua nas capitais de São Paulo e do Rio de Janeiro, para esclarecer.

Médico explica por que seios ficam ‘esparramados’ após silicone

À reportagem, João Paulo explica que toda mama é “uma relação de continente e conteúdo”. Isso significa que a região deve ser grande o suficiente para comportar o tamanho da prótese introduzida.

“A mama fica em pé, durinha, quando você tem uma relação de continente e conteúdo correta. A pele fica esticada, tensa, e segura a prótese paradinha naquele lugar. Com o passar do tempo, a pele vai se acostumando e deixa de ficar tensa, e ganhando cada vez mais tamanho. É como se fosse uma massa de pão que, quanto mais esticada, mais ela assume aquele tamanho. Ela não vai voltar mais”, explica.

João Paulo ainda constata que esse processo ocorre a longo prazo e, geralmente, acontece em mulheres cuja prótese foi introduzida por cima do músculo.

“Próteses que foram para debaixo da axila, que ‘desceram’, são próteses que estão à frente do músculo. Quando você coloca a prótese atrás do músculo, você não tem essas situações de queda ou de lateralização tão forte”, garante.

Resultado pós-explante

Em seu depoimento, Carol ainda explicou que optou por “tirar a prótese e esperar os seios irem voltando para o lugar, com o tempo, deixando o próprio corpo a trabalhar nisso e ver o resultado”. Sobre isso, João Paulo ainda comenta: “A mama vai ficar muito flácida, porque agora não tem o conteúdo lá para esticá-la. Ela pretende que a mama dela encolha, e a pele pode ou não fazer isso.”

E acrescenta: “Jamais um paciente pode fazer um explante achando que a pele vai ficar exatamente igual a antes, quando colocou. O tipo de pele é diferente, o tecido mamário já mudou, está uma pele muito mais fina.”

Apesar disso, ele reitera que é possível que a pele tenha um grau de retração com o passar do tempo.