A Comissão Disciplinar da Liga Francesa de Futebol Profissional (LFP, na sigla em francês) decidiu na noite de quarta-feira que o jogo entre Nice e Olympique de Marselha, que foi interrompido no dia 22 de agosto por graves incidentes, em Nice, pela terceira rodada do Campeonato Francês, deve ser repetido em campo neutro e com portões fechados.

A mesma comissão puniu o Nice, que foi o anfitrião na partida, com a retirada de dois pontos na tabela de classificação, um deles sem cumprimento por enquanto, salvo por reincidência.

O zagueiro espanhol Álvaro González, do Olympique de Marselha, que lançou bolas na direção da torcida do Nice, foi suspenso por dois jogos e Dimitri Payet, outro jogador do clube de Marselha, foi sancionado por uma partida, com adiamento do cumprimento da punição.

O jogo entre as duas equipes do sul da França foi interrompido aos 30 minutos do segundo tempo, quando Payet se preparava para cobrar um escanteio e virou alvo dos “ultras” (membros de torcidas organizadas) do Nice. Atingido nas costas por uma garrafa plástica de água, o jogador jogou o objeto de volta na direção do público.

Em seguida, dezenas de torcedores do Nice invadiram o campo, provocando um confronto generalizado entre torcedores, integrantes das duas equipes e membros da comissão técnica dos dois clubes. Pablo Fernández, um dos assistentes do técnico argentino Jorge Sampaoli, do Olympique de Marselha, também foi suspenso até o final da temporada por dar um soco em um torcedor do Nice que havia entrado em campo.

A Comissão Disciplinar da LFP também puniu o Nice com três jogos que terão que ser realizados com portões fechados. Um deles será o que terá que disputar de novo contra o Olympique de Marselha e outro já foi cumprido contra o Bordeaux, por uma medida temporária.

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O Olympique de Marselha, que estuda um possível recurso, protestou contra a suspensão de Payet e González. “Estamos extremamente chocados com as sanções que foram tomadas contra Alvaro e até mesmo Payet”, disse o diretor de comunicações do clube, Jacques Cardoze. “Temos a impressão de que era preciso um bode expiatório do lado do OM e que foi ele o escolhido. É a violência que deve ser condenada, não os jogadores em campo”, acrescentou.


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