Israel suspendeu nesta quinta-feira a maioria das autorizações especiais para os palestinos entrarem em Israel durante o mês sagrado do Ramadã e reforçou a segurança em Tel Aviv após dois palestinos terem atirado em um mercado popular na quarta-feira, matando quatro israelenses.

Ontem, dois homens armados abriram fogo em um popular mercado de alimentos na região central de Tel Aviv, deixando quatro pessoas mortas e várias outras feriadas no que foi classificado pela polícia de Israel como um ataque terrorista. Um terceiro atirador fugiu do Mercado Sarona e disparou mais tiros nas proximidades do local antes de deixar a cena, informou a polícia

Por causa disso, o Cogat, um órgão da Defesa israelense, disse que 83 mil autorizações para palestinos na Cisjordânia visitarem parentes em Israel durante o Ramadã tinham sido suspensas. Israel considera o Ramadã, o mês sagrado para os muçulmanos, e permite que os palestinos visitem seus familiares.

As licenças especiais durante o Ramadã também foram suspensas para palestinos na Faixa de Gaza, incluindo licenças para visitar parentes em Israel, viajar para o exterior e participar de orações na Mesquita de Al-Aqsa em Jerusalém, o terceiro local mais sagrado para o islã, depois de Meca e Medina, informou o Cogat.

Além disso, os militares também congelaram licenças para trabalhar em Israel a parentes de 204 atiradores e poderá impedir palestinos de saírem e entrar na aldeia da Cisjordânia de Yatta. O Cogat disse que a entrada e a saída só será admitida para casos humanitários e médicos.

Em Tel Aviv, unidades policiais extras foram mobilizadas, principalmente em torno das principais estações de ônibus e estação ferroviária da cidade, disse o porta-voz da polícia, Micky Rosenfeld.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, chamou os ataques de ontem de “assassinato a sangue frio por terroristas desprezíveis”, segundo um comunicado de seu escritório.

O Hamas, o grupo islâmico que governa Gaza, saudou o ataque, mas não reivindicou a responsabilidade por ele. Autoridade do Hamas, Mushir al-Masri, chamou o tiroteio de uma “operação heroica” e o grupo mais tarde emitiu uma declaração oficial prometendo aos “sionistas” mais “surpresas” durante o mês sagrado do Ramadã. Fonte: Associated Press.