Acusado de ter matado o pastor Anderson do Carmo, Flávio dos Santos Rodrigues voltou atrás e negou que tenha cometido o crime em depoimento nesta terça-feira (29). Por meio de uma audiência virtual, o filho de Flordelis disse que é “vítima disso tudo” a juíza Nearis dos Santos Carvalho Arce, da 3ª Vara Criminal de Niterói, no Rio de Janeiro.

Ainda na fase inicial da investigação da morte do pastor, Flávio confessou a autoria do crime. Com isso, deste então, ele está detido no presídio Bangu 1, na Zona Oeste da capital fluminense.

“Eu não matei o Anderson. Não comprei a arma. Não participei de crime nenhum. Estou sendo uma vítima disso tudo. Estava no local errado, na hora errada”, contou Flávio.

A magistrada questionou se o acusado tinha mudado sua versão do crime após confissão à polícia.

“Todo mundo tem conhecimento de como a polícia Civil do Rio procede. Eu, dentro da DH, foi torturado de todos os tipos de tortura que a senhora pode imaginar. Entravam na minha cela.. Tortura psicológica, física. Dormi de cueca, em um chão frio, molhado, sem ter colchonete. Eu fiquei mais de 24 horas sem beber água”, revelou.

“O que me espanta é que o senhor foi submetido a tantas barbáries e seus advogados não tomaram nenhuma providência”, lembrou Nearis.

O filho da deputada federal aproveitou e disse, após negar o crime, que não pretendia responder mais nenhuma pergunta.

“Eu não matei. Não participei disso. Não sei quem foi. Não planejei nada. Tinha um bom relacionamento com senhor Anderson. Prefiro não responder mais nada. Só no meu júri “, ressaltou Flávio.

A juíza ainda indeferiu um pedido da defesa de Flávio, a qual solicitou a transferência do cliente para outra unidade de detenção. Os advogados do acusado alegaram que não participaram da audiência virtual por conta da pandemia. No entanto, eles estiveram no presídio antes da sessão para visitar o filho de Flordelis.

Agora, as partes tem um prazo determinado pela juíza para apresentar as alegações finais. Após essa fase do processo, a juíza vai decidir se Flávio vai ou não a júri popular.