A Mancha Alviverde, principal organizada do Palmeiras, comunicou nesta sexta-feira em nota nas redes sociais o plano de reestruturar o comando e a gestão da uniformizada depois do assassinato na última semana de um de seus fundadores, Moacir Bianchi. A atual diretoria da torcida se comprometeu a assinar a renúncia dos cargos para que um novo comando assuma e retome as atividades da agremiação, fundada há 34 anos.

A sede da torcida, localizada nos arredores do Allianz Parque, teve a pintura alterada para cinza nos últimos dias. A fachada também perdeu o mascote e permaneceu fechada. “Em breve, iremos comunicar o reinício e o seguimento das atividades da nossa torcida, através da nota oficial no site e nas rede sociais”, diz trecho da nota da torcida. No dia do assassinato de Bianchi, a uniformizada anunciou o encerramento das atividades, porém voltou atrás dois dias depois.

O crime foi na madrugada do dia 2, em emboscada no bairro do Ipiranga. Moa, como era conhecido, teve o veículo fechado por dois carros e levou 16 tiros. A polícia tem investigado as causas do assassinato com base em imagens das câmeras de segurança da rua e também em depoimentos. Um dos convocados a prestar esclarecimentos foi o atual presidente da Mancha, Anderson Nigro, o Nando.

“Estamos trabalhando com cautela para que os erros não sejam repetidos, e que voltemos a ser a Mancha de todos, uma torcida forte, presente nos estádios, com representatividade e respeito ao associado”, afirma o texto publicado pela torcida. “Diante de tudo que está acontecendo, é evidente que não há outro caminho para o ressurgimento da entidade”, acrescenta a nota.

Neste sábado, horas antes do clássico com o São Paulo, pelo Campeonato Paulista, membros da torcida vão fazer uma passeata em memória de Bianchi no local do assassinato. Os torcedores irão se encontrar ao meio-dia, vestir roupa branca e de lá sairão para pegar o transporte público até o Allianz Parque, local da partida.