No dia 25 de maio, a cidade de Santa Rosa, no noroeste do Rio Grande do Sul, paralisou todas “as máquinas urbanas e rurais” da prefeitura e suspendeu até o transporte escolar em apoio à greve dos caminhoneiros. Só as ambulâncias tiveram autorização para rodar.  Dias depois, representantes dos 70 mil moradores se animaram a encontrar os caminhoneiros na rodovia local e fizeram passeata  contra “os aumentos descontrolados dos combustíveis”.

No oitavo dia de greve, entretanto, os ânimos mudaram: amargando “prejuízo irreparável”, especialmente com a produção de leite e comercialização de suínos, a Associação dos Municípios da Grande Santa Rosa (AMGSR), formada por 20 municípios, divulgou carta aberta em que apela pela “volta da  normalidade” e pede a liberação da “passagem de insumos necessários ao restabelecimento das atividades agropecuárias”.  

“Considerando que esta entidade foi sensível e apoiou a pauta do movimento, esperamos reciprocidade por parte dos manifestantes”, escreve a associação. Os produtores rurais argumentam que não se justifica a manutenção da greve após a assinatura do acordo com governo federal. Santa Rosa é uma grande bacia leiteira do Rio Grande do Sul, produz soja e se destaca ainda pela suinocultura.