Em crise na Fórmula 1, a Williams sofreu mais um revés nesta terça-feira. Após afastamento desde março, o diretor técnico Paddy Lowe anunciou sua saída do cargo e também deixou o conselho de diretores do tradicional time britânico. O engenheiro vinha sendo alvo de críticas em razão do fraco rendimento da equipe nesta temporada.

“Depois de um período de cuidadosa reflexão, eu tomei a decisão de não voltar a trabalhar na Williams”, anunciou Lowe, em comunicado. “Eu desejo o melhor a todos os meus colegas diante dos desafios que vêm pela frente. Gostaria de agradecer especialmente aos fãs da Williams por todo o apoio.”

Lowe estava afastado da equipe desde o dia 5 de março. Na época, ele alegou motivos pessoais e nunca revelou as causas específicas do seu afastamento provisório. E nem indicou que havia sido uma decisão sua ou da própria direção da equipe. Ele não informou se deixará de ser acionista do time.

“Nós entendemos e respeitamos a decisão que Paddy tomou e desejamos o melhor para o seu futuro”, afirmou Claire Williams, principal dirigente do time.

Em sua segunda passagem pela Williams, Lowe fez seu retorno em 2017, vindo da poderosa e dominante Mercedes. Sem sucesso em lançar um bom carro no ano passado, o diretor técnico teve ainda mais dificuldades ao lançar o modelo deste ano. O projeto atrasou e até deixou a equipe de fora das primeiras atividades de 2019, perdendo inclusive o primeiro dia de testes da pré-temporada.

Foi o prenuncio de mais uma temporada complicada do time, que perdeu um dos seus principais patrocinadores para este ano. Última colocada no Mundial de Construtores de 2018, a Williams ocupa a última posição novamente no atual campeonato e não vence uma corrida desde 2012. Famosa pelos títulos de Pilotos e Construtores nas décadas de 80 e 90, o time vive sua pior crise da história.

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