Gustavo Vargas, diretor da LaMia, empresa aérea que sofreu o acidente com a delegação da Chapecoense nesta madrugada, evitou descartar qualquer causa para a tragédia que causou a morte de ao menos 70 pessoas, nesta terça-feira, próximo a Medellín, na Colômbia. O avião partiu de Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, rumo ao local do primeiro jogo da final da Copa Sul-Americana.

Uma das possibilidades aventadas pela investigação é a falta de combustível na aeronave. “Não podemos descartar nada, a investigação está em curso e vamos esperar pelos resultados”, declarou Vargas, cauteloso.

Questionado sobre as condições da aeronave RJ85, cuja matrícula é LMI2933, o diretor da empresa venezuelana garantiu que o avião estava “operável”, apesar de ter sido fabricado em 1999. “Não era novo, mas era operável. Temos feito muitos voos charter, transportamos times de futebol e seleções”, afirmou. “Até agora tivemos bons resultados com este avião, que é inglês, modelo 1999.”

Há basicamente duas possibilidades discutidas entre especialistas para explicar o acidente: pane elétrica ou pane seca (falta de combustível). A aeronave caiu quando se aproximava do aeroporto na Colômbia. Em momentos finais do voo, a aeronave deu duas voltas ao redor de Medellín. Estava em baixa velocidade, a cerca de 262 quilômetros por hora.

CAPACIDADE – A aeronave RJ85 tem capacidade padrão menor do que o trajeto previsto para ser percorrido pelo modelo que caiu nesta terça-feira. Ainda não se sabe se o modelo tinha tanques auxiliares. Informações da consultoria em aviação alemã Jacdec, com base na ficha técnica da fabricante, apontam que a distância máxima padrão do RJ85 que pode ser percorrida pelo modelo é de 1.600 milhas marítimas (equivalente a 2.965 quilômetros).

Já a distância direta entre o Aeroporto Internacional Viru-Viru, de Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, e o Aeroporto Olaya Herrera, em Medellín, na Colômbia, é de 1.605 milhas marítimas, ou 2.975 quilômetros (em linha reta).

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