Após acidente com avião, presidente da Jeju Air é proibido de deixar Coreia do Sul

Após acidente com avião, presidente da Jeju Air é proibido de deixar Coreia do Sul

O presidente da companhia aérea sul-coreana Jeju Air foi proibido de sair do país após um acidente com um dos aviões da empresa deixar 179 mortos e apenas dois sobreviventes em 28 de dezembro.

A aeronave, um Boeing 737-800, bateu e explodiu após uma tentativa frustrada de pouso na cidade de Muan. No momento da colisão, não havia trem de pouso acionado. As causas do acidente ainda são investigadas.

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“A equipe de investigação impôs a proibição de viajar a dois indivíduos, incluindo o presidente da Jeju Air, Kim E-bae”, informou a polícia sul-coreana na província de South Jeolla, onde ocorreu o acidente.

Relembre o caso

Os pilotos do Jeju Air 2216 foram alertados pela torre de controle às 8h54 (horário local) a respeito da possibilidade de colisão com pássaros antes da aterrissagem. Às 8h59, a equipe declararou emergência a bordo e, às 9h03a tentativa de pouso com trem recolhido terminou em uma explosão, como é possível ver no vídeo abaixo:

Sem conclusão das investigações, autoridades mencionaram a sucção de pássaros pela turbina como possível causa para a perda de controle, mas as imagens da colisão abriram outras discussões.

“Com um problema associado [às aves], a possibilidade é que o comandante tenha julgado não haver tempo para uma extensão emergencial do trem de pouso, e optou por pousar com todos os trens recolhidos. Tudo isso aponta para um problema sério, provavelmente hidráulico”, disse ao site IstoÉ Rafael Santos, piloto-comandante de Boeing 777.

Das 181 pessoas a bordo da aeronave, dois membros da tripulação sobreviveram. Este foi o primeiro acidente fatal na história da Jeju Air, fundada em 2005, e o maior já registrado na Coreia do Sul, superando a queda de um Boeing 767 da Air China, procedente de Pequim, em uma colina perto do aeroporto de Busan-Gimhae, que deixou 129 mortos.

O governo sul-coreano ordenou na segunda-feira, 30, uma “inspeção completa” de todos os Boeing 737-800 operados pelas companhias aéreas locais, em paralelo à continuidade de uma apuração conduzida por investigadores sul-coreanos e americanos a respeito da tragédia.