A trancista Thais Medeiros de Oliveira, de 26 anos, jovem de Goiânia que sofreu reação alérgica grave após sentir o cheiro de um pote de pimenta, teve alta e retornou para casa depois de passar 83 dias internada em uma unidade de saúde devido a uma piora no quadro de saúde. O anúncio foi feito pela família da mulher nas redes sociais durante a terça-feira, 13. Desde fevereiro de 2023, a paciente não consegue enxergar, falar ou andar.

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Agora em casa, a família aguarda decisão da Justiça em relação à possibilidade de profissionais cuidarem da jovem por meio de home care, cuidado em domicílio. De acordo com os parentes, já houve a determinação de um juiz para que a assistência fosse disponibilizada, entretanto, a prefeitura de Goiânia recorreu e a tramitação do processo impediu que o serviço entrasse em vigor imediatamente.

Em publicação no Instagram, a mãe da jovem, Adriana Medeiros, que administra as redes sociais de Thais, agradeceu aos profissionais de saúde pelo empenho no atendimento do hospital ao longo dos 83 dias de internação. “Agora é continuar com os cuidados em casa com muito amor e carinho”, complementa a postagem. Em vídeo, a mãe de Thaís relata que os familiares já sabem cuidar da trancista.

Thaís Medeiros tem duas filhas, Valentina, de oito anos, e Antonella, de sete, que agora são cuidadas por Adriana. A mãe da jovem deixou de trabalhar como cabeleireira para tomar conta da trancista. Após uma vaquinha bem sucedida que buscava adaptar a casa onde a família vive para as necessidades da mulher, a família abriu outra arrecadação no intuito de custear o tratamento da paciente. Até o fechamento desta matéria, haviam sido angariados R$ 239 mil.

A IstoÉ tentou contato com a Prefeitura de Goiânia, mas não recebeu resposta até o momento. O espaço permanece aberto para possível manifestação.

Relembre o caso

Thaís Medeiros sofreu uma reação alérgica após cheirar um pote de pimenta na casa do ex-namorado. O contato com a especiaria teria sido um estopim para uma crise de asma, o que gerou uma dificuldade na respiração. Devido às baixas taxas de oxigênio, a jovem teve uma parada cardiorrespiratória que ocasionou em uma lesão irreversível no cérebro, o que tornou a reabilitação completa inviável.

Após internação, o período pós-operatório de Thais foi complicado, já que a jovem teve uma infecção provocada por fungos durante junho do ano passado, e desenvolveu uma infecção urinária. No dia 1º de novembro, a trancista foi atendida durante 40 minutos por uma equipe de emergência após ter uma crise de broncoespasmo. Na ocasião, a mulher conseguiu sobreviver após ação dos especialistas.