ROMA, 14 ABR (ANSA) – Após pouco mais de 60 anos, a família Castro deve deixar todas as esferas de poder em Cuba. Entre os dias 16 e 19 de abril, o país realizará o 8º Congresso do Partido Comunista e está previsto que o atual líder da sigla, Raúl Castro, passará o comando para o presidente da ilha, Miguel Diaz-Canel.   

Será a primeira vez que um civil comandará o partido desde 1965, quando foi fundado. Em abril de 2016, o 7º Congresso marcou o último evento público de Fidel Castro, que morreria cerca de sete meses depois.   

Além da mudança do poder, haverá também uma nova geração de dirigentes que, em sua maioria, não participou da Revolução de 1959, mudando o perfil dos novos políticos. No entanto, nenhuma mudança brusca deve derivar da alteração.   

À sua frente, precisará ser feita a gestão da grave crise econômica agravada pela pandemia de Covid-19 e é possível que a abertura da economia seja ampliada. Os temas relacionados à economia e, consequentemente, às questões sociais está ganhando bastante destaque nos órgãos oficiais de comunicação do país.   

Além disso, também há uma insatisfação maior da população com a forma de governo, especialmente, após a ampliação do uso da internet e das redes sociais desde 2018. Recentemente, um movimento de artistas de San Isidro liderou diversas ações críticas a Diaz-Canel.   

Ainda deve ser debatida a relação com os Estados Unidos agora sob governo de Joe Biden. Em 2016, o encontro político foi realizado ainda sob efeitos do desgelo diplomático implantado por Barack Obama. No entanto, durante os anos do governo de Donald Trump diversas restrições e sanções foram reaplicadas.   

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(ANSA).   


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