SÃO PAULO, 19 SET (ANSA) – Um estudo conduzido por pesquisadores franceses descobriu que o pintor italiano Michelangelo Merisi (1571-1610), mais conhecido como Caravaggio, morreu de infecção pela bactéria Staphylococcus aureus, resolvendo um mistério que já durava mais de quatro séculos.   

A pesquisa foi realizada pelo Instituto Hospital Universitário (IHU) Méditerranée Infection, de Marselha, no sul da França, e analisou a polpa dos dentes do artista, que é rica em vasos sanguíneos. Ao combinar três métodos de detecção de DNA, os cientistas identificaram a Staphylococcus aureus.   

“Graças a uma cooperação com antropólogos italianos e com o microbiologista Giuseppe Cornaglia, as equipes do IHU Méditerranée Infection obtiveram dentes tirados do esqueleto de Caravaggio”, explicou o instituto em um comunicado divulgado no início da semana.   

Acredita-se que a bactéria possa ter sido contraída por meio de um ferimento provocado em uma briga. Os resultados do estudo serão publicados nas próximas semanas pela revista científica “The Lancet”.   

Caravaggio vivia em Roma, mas fugiu depois de ter cometido um homicídio em uma briga de rua. O pintor acabaria morrendo quatro anos mais tarde, na Toscana, em circunstâncias desconhecidas.   

Seus restos mortais só foram encontrados em 2010, em um pequeno cemitério de Monte Argentario, 190 quilômetros a sudoeste de Florença. (ANSA)

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