REGGIO CALÁBRIA, 09 JUN (ANSA) – Após três dias de espera, um navio holandês de uma ONG alemã atracou no porto de Reggio Calábria, no sul da Itália, com 232 pessoas resgatadas no Mediterrâneo a bordo.
Os salvamentos ocorreram no início da semana, mas a embarcação Sea Watch 3 teve de esperar a autorização do Ministério do Interior, comandado por Matteo Salvini, durante três dias. Esse é o primeiro navio com migrantes forçados a atracar na Itália após a posse do novo governo.
A embarcação levava 215 homens, incluindo 29 menores desacompanhados, e 17 mulheres, uma delas grávida. Suas condições são precárias, com problemas de desidratação pela longa permanência no mar.
Entre as pessoas resgatadas estão eritreus, nigerianos, argelinos, nigerinos, etíopes, marfinenses, sudaneses e gambianos, todos da África. Os migrantes serão distribuídos entre nove regiões da Itália: Calábria, Puglia, Emília-Romana, Piemonte, Toscana, Lombardia, Vêneto, Campânia e Lazio.
Salvini promete adotar uma postura de tolerância zero contra as pessoas que cruzam o Mediterrâneo ilegalmente e expulsar imigrantes sem documentos. “Reduzir os desembarques e aumentar as expulsões, cortar os recursos para manutenção de supostos deslocados e o tempo de sua permanência, envolvendo instituições internacionais que até hoje deixaram os italianos sozinhos”, disse o ministro no Twitter, resumindo sua linha de atuação.
Entre 1º de janeiro e 8 de junho de 2018, 13.808 migrantes forçados desembarcaram na Itália, queda de 77,47% em relação a 2017. (ANSA)