Após 2 meses de bloqueio, Gaza sofre com falta de água, comida e remédio

Palestinos fazem fila do lado de fora de uma cozinha solidária no campo de refugiados de Nuseirat, na Faixa de Gaza, em 26 de abril de 2025
Palestinos fazem fila do lado de fora de uma cozinha solidária no campo de refugiados de Nuseirat, na Faixa de Gaza Foto: AFP

A imagem que abre o vídeo abaixo percorreu o mundo: é uma criança em Gaza, correndo atrás de um caminhão vazio. Um símbolo da situação crítica que atinge os palestinos no enclave, após 19 meses de guerra.

O bloqueio de Israel a todos os fornecimentos humanitários e comerciais já dura dois meses. Eu estou falando de comida, água, combustível… Nem remédio está entrando em Gaza. Enquanto isso, os bombardeios prosseguem por toda a área.

Organizações humanitárias alertam que o risco de desnutrição é alto no território palestino. As padarias estão fechadas, e o preço dos alimentos só sobe.

As autoridades do enclave, controlado pelo Hamas, dizem que 290 mil crianças estão à beira da morte devido ao bloqueio de Israel. E que cerca de 70 mil crianças estão hospitalizadas por desnutrição.

O sistema de saúde também está “à beira do colapso”, em meio à falta de medicamentos e equipamentos médicos. Essas são palavras do Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários.

Israel afirma que o bloqueio visa pressionar o Hamas a libertar os reféns. Enquanto isso, cerca de 2 milhões de pessoas seguem encurraladas em Gaza.

Nesta semana, o gabinete de segurança israelense aprovou um plano para expandir as operações militares no enclave. Ele inclui a “conquista” de Gaza, a posse dos territórios e uma pressão para que seus residentes se desloquem para o sul.