Olhem aqui: eu já vi político ruim, odiado e rejeitado, mas igual a Jair Bolsonaro, o verdugo do Planalto, jamais. O cara é tão ruim, tão asqueroso, tão insuportavelmente “escroto” que uniu, em torno da candidatura do meliante de São Bernardo, nomes que jamais marchariam juntos, senão por desespero de causa.

Imaginem ter no mesmo palanque os banqueiros Henrique Meirelles e André Lara Resende e o invasor de propriedade privada Guilherme Boulos. Ou o ex-ministro do STF, Joaquim Barbosa, que mandou metade do bando petista para a prisão, e o ator José “eca” de Abreu. Ou ainda, Geraldo Alckmin, Fernando Haddad e Marina Silva.

De A a Z na política, nas artes, no esporte, na imprensa, na indústria e no comércio, no mercado financeiro, nos organismos internacionais… O amigão do Queiroz reúne uma legião de detratores, obviamente não sem motivos, muitos dos quais, fazendo vistas grossas e engolindo em seco o sapo barbudo.

As grosserias, o preconceito e o ódio contra as mulheres, negros, homossexuais, índios e opositores políticos, somados ao negacionismo homicida durante a pandemia do novo coronavírus, causando 700 mil mortes no País, e a vocação autoritária explícita, sob a forma de adoração de torturadores e ditadores, impedem outra situação.

Rachadinhas, mansões e Centrão; propina em barras de ouro e bíblias; superfaturamento de vacinas, Viagra e picanha; corrupção no MEC, cartão corporativo e sigilo de 100 anos; orçamento secreto, Queiroz e micheques; Arthur Lira, Ciro Nogueira e Collor… Tudo somado, junto e misturado, igualam, senão em tamanho, em sujeira Bolsonaro e Lula.

Assim, não resta mais ao patriarca do clã do peculato, dos panetones e das transações imobiliárias em dinheiro vivo, a prerrogativa de “melhor” que o chefão petista. Aliás, nem menos pior, já que supera, e muito!, o líder do petrolão em todos os quesitos de imoralidade, com o agravante, ainda, de tornar o Brasil um pária internacional.

Um monstro que prefere um filho morto a um filho gay; que compara negros a animais de corte; que prega tortura e extermínio de políticos; que lamenta a não extinção dos índios e das florestas no Brasil, não poderia ser menos execrado. Daí a união de forças tão historicamente antagônicas, não apenas em torno do mensaleiro Lula, mas em repúdio ao abjeto Bolsonaro, o mito das hostes extremistas, o Messias dos trouxas fiéis.