A íntegra da reunião ministerial no dia 5 de julho de 2022 do então presidente Jair Bolsonaro (PL) com sua equipe de governo foi divulgada nesta sexta-feira, 9. Ela é considerada a peça central da Operação Tempus Veritatis, deflagrada pela Polícia Federal na quinta-feira, 9, e teve o ex-presidente como um dos alvos.

+ Durante reunião, Bolsonaro intimou ministros a agirem antes das eleições: ‘Vai ter um caos no Brasil’

+ Em reunião ministerial, Bolsonaro disse que militares ‘traíras’ passaram pelo governo

Na reunião, Bolsonaro intimou os seus ministros a agirem antes das eleições de outubro de 2022, ofendeu Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), defendeu que todos os integrantes da Comissão de Transparência do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) deveriam fazer uma nota conjunta na qual diriam que “a lisura das eleições são (sic) simplesmente impossível de ser (sic) atingidas” e afirmou que militares “traíras” passaram pelo seu governo.

Após a divulgação, alguns apoiadores do ex-presidente se posicionaram sobre o ocorrido. Por meio de uma publicação de vídeo no X (antigo Twitter), a senadora Damares Alves (Republicanos) escreveu: “Você não está sozinho”.

Já o advogado Fabio Wajngarten disse que “todas as opiniões do (ex) presidente são absolutamente públicas. Todas as opiniões, comentários fazem parte da democracia. Ficou absolutamente claro que o (ex) presidente condena e rejeita qualquer uso da força”.

O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) divulgou uma gravação na qual disse: “Órgão julgador tem um plano para condenar o investigado”, em referência ao Supremo Tribunal Federal.

“Globo divulga trechos de uma reunião de Bolsonaro com seus ministros com o intento de ‘provar’ uma tentativa de ’golpe’ (…) Nestas falas dele, onde está esta suposta dinâmica? Nos ajudem a encontrar essa ‘dinâmica’. E por que não divulgaram o vídeo completo da reunião?”, questionou a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP).