O político americano Bernie Sanders, senador do Partido Democrata pelo estado de Vermont, reiterou seu apoio à candidatura de Joe Biden, mas admitiu que o presidente não consegue “juntar três frases”. As declarações foram dadas em uma entrevista ao jornal “The New Yorker” publicada na quarta-feira, 17.

O senador competiu contra Biden nas primárias do Partido Democrata em 2020 e se tornou crítico do posicionamento do governo em relação ao conflito entre Israel e Palestina. Entretanto, o político apoia o candidato na disputa contra Donald Trump. Em um artigo de opinião publicado no New York Times, Sanders avaliou que, apesar de suas discordâncias, o atual presidente americano é “o mais efetivo da história moderna”.

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Bernie Sanders avaliou que Biden é o candidato mais forte para as eleições. Em um debate realizado em junho deste ano entre o presidente e Donald Trump, o democrata aparentou confusão e não conseguiu completar frases. Desde a ocasião, a saúde mental do chefe de estado é questionada e membros do Partido Democrata tem apelado pela desistência da candidatura.

Ao New Yorker, Sanders expressou que o foco deveria ser na visão de futuro de Joe Biden e não o que aconteceu em um debate. “Se você quiser falar sobre capacidades cognitivas e as coisas que as pessoas dizem, dê uma boa olhada em Donald Trump também”, declarou o senador.

“As vezes ele (Joe Biden) se confunde com nomes. Você está certo, às vezes ele não consegue juntar três frases. É verdade, mas, na realidade do momento, na minha visão ele é o melhor candidato que os Democratas possuem por uma variedade de razões”, pontuou Bernie Sanders, citando o compromisso do atual presidente com a classe trabalhadora.

O senador também ponderou que retirar Biden das eleições de uma forma “sem precedentes” poderia trazer mais mal do que bem.

Em uma pesquisa eleitoral realizada pelo Reuters/Ipsos, divulgada na terça-feira, 16, Donald Trump aparece com 43% das intenções de voto, enquanto Biden possui 41%. O levantamento foi realizado logo após a tentativa de assassinato contra o republicano durante um comício em Butler, na Pensilvânia, no sábado, 13.