TEGUCIGALPA, 24 DEZ (ANSA) – O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) de Honduras proclamou oficialmente Nasry Juan “Tito” Asfura, candidato da direita do Partido Nacional, como presidente eleito para o período de 2026 a 2030. A decisão, anunciada nesta quarta-feira (24), põe fim a mais de três semanas de incertezas e controvérsias após uma das eleições mais disputadas da história recente do país centro-americano.
A vitória foi confirmada após um escrutínio especial, iniciado para verificar mais de 2 mil atas eleitorais marcadas por erros ou anomalias na transmissão de dados.
De acordo com o CNE, com 99,2% dos votos apurados, Asfura obteve 40,27%, superando por uma estreita margem o candidato do Partido Liberal, Salvador Nasralla, de centro, que ficou com 39,39%. Em terceiro lugar, aparece a candidata do partido de esquerda Liberdade e Refundação (Libre), Rixi Moncada, que obteve cerca de 20% votos, um recuo significativo em comparação com a vitória da presidente e aliada Xiomara Castro em 2021.
“Honduras, estou pronto para governar. Não vou decepcioná-los”, escreveu Asfura em suas redes sociais após o anúncio oficial, enquanto seus apoiadores comemoravam em seu comitê eleitoral. Do lado da oposição, Nasralla reiterou acusações de irregularidades no processo, mas descartou recorrer a mobilizações de rua.
O CNE garantiu que todo o processo foi conduzido em estrita conformidade com a lei eleitoral e que a proclamação definitiva será publicada nos próximos dias no Diário Oficial da República.
A vitória de Asfura, que conta com o apoio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recebeu rapidamente o reconhecimento de vários governos conservadores, inclusive da Casa Branca.
Em nota, o Departamento de Estado parabenizou o presidente eleito e afirmou que “trabalhará com seu governo para promover a cooperação bilateral e regional e pôr fim à imigração ilegal para os EUA”. O comunicado também conclamou “todas as partes a respeitar os resultados para assegurar uma transição pacífica de poder”.
Argentina, Bolívia, Costa Rica, Equador, Panamá, Paraguai, Peru e República Dominicana também emitiram um comunicado conjunto reconhecendo a vitória de Asfura. No documento, os oito países felicitam o presidente eleito e expressam disponibilidade para “trabalhar juntos nas questões que nos unem como nações irmãs, sobretudo comércio, segurança, migração e fortalecimento da democracia na região”. (ANSA).