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O sol brilhava forte em Copacabana e os termômetros do Rio de Janeiro marcavam quase 30 graus na tarde da segunda-feira 15 quando a dupla brasileira Alison e Bruno Schmidt se aquecia para enfrentar os americanos Phil Dalhausser, ex-campeão olímpico, e Nicholas Lucena no vôlei de praia. Assim que a partida começou, no entanto, uma forte ventania atingiu o local, impondo mais dificuldades às duplas. “Estava um dia lindo de sol, aquecemos sem vento nenhum, com a bola certinha”, disse Alison. “Na hora que a gente foi se apresentar, entrou um vento no corredor e pensei que fosse passar. Pelo contrário.” O vento seguiu forte, mas não impediu que os brasileiros vencessem os americanos por dois sets a um, com parciais de 21-14, 12-21 e 15-9.

A chave da vitória, segundo eles, foi a adaptação. “Soubemos usar as adversidades para o nosso lado”, disse Bruno. “O vento estava mandando no jogo.” Com o segundo set perdido, os brasileiros voltaram para o tie break decididos a sacar melhor e assim fizeram. “O jogo mostrou como estamos atentos às dificuldades”, afirmou Bruno. Para Alison, manter a calma com o apoio da torcida foi fundamental. “Nossos horários não são legais. A gente entra às 4 da tarde com sol e já sai à noite, só que isso faz parte da adaptação”, disse. “Eu acordava de madrugada para ver uma Olimpíada. Eu via o Marcelo Negrão fazendo ace, o Aurélio Miguel ganhando e hoje posso representar meu País. Vou fazer de tudo. Sem pé, sem braço, vou jogar meu melhor.” Na terça-feira 16, a partir das 17h, Alison disputará ao lado de Bruno contra os holandeses Brouwer e Meeuwsen uma chance de chegar à final e lutar pelo ouro.