Apesar da alta de 0,75% no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em março, ainda não há pressão de demanda sobre a inflação oficial no País, avaliou Fernando Gonçalves, gerente do Sistema Nacional de Índices de Preços do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Dentro do IPCA, a inflação de serviços – que tem componente forte da demanda – desacelerou de 0,39% em fevereiro para 0,32% em março. A taxa acumulada em 12 meses pelos serviços saiu de 3,35% para 3,59% no período, considerado um patamar ainda “comportado” pelo pesquisador do IBGE.

“Não teve aumento de demanda, a demanda ainda está contraída. As pessoas ainda estão tímidas em relação a consumo. O mercado de trabalho tem aumento na desocupação, aumento no desalento, isso tudo contribui para que famílias empreguem seus rendimentos no que é mais essencial, Alimentação, Habitação… O que não é essencial acabam não consumindo: uma roupa que pode comprar depois, um cinema que pode postergar, jantar fora”, justificou Gonçalves.

Já a inflação de bens e serviços monitorados pelo governo acelerou de 0,29% em fevereiro para 0,75% em março. A taxa acumulada em 12 meses pelos itens monitorados subiu de 5,77% para 6,32% no período.

A taxa acumulada pelo IPCA em 12 meses foi de 4,58%.

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