A professora Sheylla Susan de Almeida, que atua no curso de farmacologia da Universidade Federal do Amapá (UNIFAP), enviou em um grupo no WhatsApp na quarta-feira (2) que não iria mais orientar dois alunos por considerá-los “esquerdistas”. Após a grande repercussão do caso nas redes sociais, a docente fez um pedido público de desculpas.
Na mensagem, Sheylla cita nominalmente dois alunos e afirma que não quer “esquerdistas no laboratório”. “Procurem outro professor para orientar vocês. Amanhã entregarei a carta de desistência da orientação de vocês. Não quero esquerdistas no laboratório. Portanto, sigam a vida de vocês, e que Deus os abençoe. Se tiver mais algum esquerdista, que faça o favor de pedir desligamento. Ou estão comigo ou contra mim”, ressaltou a docente.

O print (captura de tela) do comunicado da professora foi publicado nas redes sociais e rapidamente causou revolta em alguns internautas. Por meio disso, a universidade tomou conhecimento do caso e divulgou uma nota de repúdio.
“A Universidade Federal do Amapá tomou conhecimento por meio das redes sociais de um fato caracterizado como assédio, desta forma, vem à público mostrar sua indignação e contrapor toda e qualquer forma que reprima o pensamento ou liberdade de nossos acadêmicos e servidores. Registra-se que a UNIFAP não concorda com tal conduta e os fatos estão sendo apurados, bem como serão adotadas as providências necessárias após as devidas apurações.”
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Depois, a professora Sheylla divulgou em seu perfil no Facebook um pedido de desculpas e justificou que a sua conduta foi reflexo do resultado do segundo turno da eleição presidencial. “No calor das eleições, acabei me excedendo nas palavras. Peço desculpas pelo ocorrido, as eleições passam e a educação fica.”