Uma confusão no Centro Covid do Hospital Universitário de Macapá (AP) fez com que outra família fizesse o enterro do corpo do empresário José Paulo Batista de Souza, de 63 anos. Ele morreu de Covid-19 na terça-feira (16), após passar mais de uma semana internado em estado grave. As informações são do G1.

De acordo com a família, os parentes foram informados que ele morreu ao longo do dia. Quando chegaram ao HU para remoção do corpo, o funcionário da funerária, que conhecia Paulo, identificou que o cadáver que estava para ser entregue não era o do empresário.

“A funerária chegou aqui para pegar o corpo do meu irmão e quando chegou lá o corpo dele não estava. E eles ainda disseram ‘leva esse aí, ninguém vai ver o corpo mesmo’. Como o pessoal da funerária é nosso amigo, nos avisou”, relatou ao G1 Conceição Queiroga, irmã de Paulo.

O corpo do empresário havia sido enterrado horas antes por outra família. Após a confusão, a família de Paulo conseguiu que o corpo fosse retirado do cemitério para voltar ao HU para reconhecimento.

Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), responsável pelo Centro Covid do HU, informou que vai instaurar processo administrativo para apurar o caso.

Veja a nota na íntegra

1. A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) vai instaurar processo administrativo junto à Polícia Civil para apurar e responsabilizar os agentes – servidores públicos, terceirizados e funcionários de uma funerária particular – envolvidos na falha de protocolo ocorrido no Centro Covid do Hospital Universitário (HU), durante a liberação de dois corpos de pacientes que vieram a óbito nesta terça-feira, 16, por agravamento de saúde causado pelo novo coronavírus.

2. A Sesa esclarece ainda que segue o processo de manejo de corpos conforme preconiza o Ministério da Saúde (MS), evitando que os colaboradores que atuam neste manuseio tenham qualquer tipo de exposição ao vírus.

3. Sobre o episódio lamentável, a Sesa presta solidariedade às famílias e dá todo apoio psicológico, informando que está tomando todas as medidas para reforçar os protocolos internos e, principalmente, de fornecedores de serviços funerários.