Comemorou-se na terçafeira 12 o aniversário de 90 anos do Cristo Redentor, monumento construído na França e instalado, parte por parte, no Parque da Tijuca, no Rio de Janeiro. É reconhecido pela Unesco como patrimônio da humanidade e uma das sete maravilhas do mundo. Foi inaugurado em 1931, pelo então arcebispo dom Sebastião Leme, no governo provisório que tinha como chefe de Estado Getúlio Vargas. O Cristo Redentor tornou-se o principal cartão postal do Brasil, e, aí, teve a ajuda de compositores da música popular brasileira – em inesquecíveis melodias e letras, eles o divulgaram nos quatro cantos do planeta. Agora, há novidades promovidas pelo padre Omar Raposo, reitor do Santuário. O padre cita a Bíblia: “é a vez do Cristo que desce a montanha para fazer o bem”. Ou seja: cada vez mais, o Redentor estará ligado a uma economia que busca ser socialmente útil e auto-sustentável. Ele já é marca de jóias, brinquedos e até licencia cachaça feita por Haroldo Carneiro da Silva, descendente de Luis Barcelos, nascido nos Açores e que no século 17 produziu essa bebida na Ilha do Governador. Mas a mais surpreendente ideia de padre Omar foi revelada na semana passada: o Cristo, que já tem em seu nome um fundo de investimento com R$ 30 milhões, se tornará criptomeda. Tudo isso se reverte em amparo aos brasileiros pobres.

Fiéis pedem saúde à Padroeira

DEVOÇÃO Preces e agradecimentos a Nossa Senhora Aparecida: a vida quase normal (Crédito:PAULO LOPES)

Também na terça-feira 12 festejou-se mais um aniversário do Dia de Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil – sua imagem foi encontrada por pescadores no rio Paraíba do Sul, em São Paulo, em 1717. No ano passado, devido à expansão da Covid, não houve comemorações. Dessa vez, no entanto, os devotos puderam agradecer pessoalmente aquilo que mais pediram à santa nos últimos tempos: saúde. As regras sanitárias foram mantidas. O número de romeiros (aqueles que se dirigem a pé à cidade de Aparecida) foi estimado em cinco mil e trezentas pessoas – 43% a mais em relação à época anterior à pandemia. Ao todo, o público que esteve no Santuário chegou a cerca de setenta mil fiéis. Jair Bolsonaro foi duramente criticado na missa celebrada pelo arcebispo dom Orlando Brandes (leia matéria de capa, à pág. 20).

PERSONAGENS
Os milionários negócios de Harry e Meghan

FORTUNA Harry e Meghan, novos sócios da Ethic: pensamento no futuro (Crédito:TAYFUN COSKUN)

O príncipe Harry e a duquesa Meghan Markle acabam de ingressar como sócios na fintech norte-americana Ethic, que tem como lastro US$ 1,3 bilhão em ativos, destinados a investimentos nos setores social e do meio ambiente. O foco da empresa é a promoção e a manutenção da ética no trabalho que desenvolve. Fundada há seis anos, a Ethic mantém, dessa forma, a sua proposta inicial: auxiliar investidores a cuidarem de seu dinheiro e aplicarem recursos em instituições que tratam as “pessoas e o planeta Terra com respeito”. O casal Harry e Meghan já era investidor na Ethic. Ambos deram agora um largo passo à frente e, desde a semana passada, tornaram-se sócios da empresa. Com apenas 37 anos de idade, Harry já está escrevendo um livro de suas memórias para lançá-lo no ano que vem. Pretensioso: nessa idade ninguém viveu o suficiente para ser memorialista de si mesmo.

NORUEGA
Munido de arco e flecha, homem mata cinco pessoas

Até o final da tarde da quinta-feira 14, a polícia norueguesa informava que era cinco o número de mortes decorrentes de um ataque feito por um homem munido de arco e flecha – as vítimas não se encontravam em um mesmo local, o que significa que o criminoso realizou diversas ações pela cidade de Kongsberg. Outras pessoas ficaram feridas. Embora o caso não esteja sendo tratado como terrorismo, não está descartada a hipótese de se tratar de um ato neonazista. Em 2011, um terrorista de extrema direita assassinou setenta e sete pessoas no país.

Exército
Militares são condenados pela morte do músico Evaldo Rosa

TRAGÉDIA Abril de 2019: 62 tiros atingiram o carro de Evaldo (no detalhe) (Crédito:Divulgação)
Divulgação

Na madrugada da quinta-feira 14, o Tribunal de Justiça Militar condenou oito militares do Exército pela morte do catador de lixo Luciano Macedo e do músico Evaldo Rosa. Evaldo foi baleado dentro de seu carro, quando estava voltando de um chá de bebê com a família: 257 tiros foram disparados, dos quais 62 acertaram a lataria e nove, o músico. Luciano, que tentou ajudar a família, também foi atingido e morreu. Na época, Jair Bolsonaro chamou o episódio de “apenas um incidente”. Um dos argumentos da defesa: o catador de lixo era um olheiro de traficantes e, por isso, atirou contra Evaldo. Como Luciano poderia ter tanta munição? A tese é infundada. Os militares irão recorrer ao Superior Tribunal Militar.