Don King foi o “dono do boxe” por mais de três décadas. Neste período cuidou da carreira de centenas de boxeadores, entre eles Muhammad Ali, Mike Tyson, Joe Frazier, George Foreman, Larry Holmes, Sugar Ray Leonard e Roberto Duran. “Os lutadores vem e vão, apenas Don King permanece”, costuma dizer, sempre com o sorriso no rosto.

Em 1966, em uma rua de Cleveland, Don King matou Sam Garret aos pontapés por causa de uma dívida de US$ 600 (pouco menos de R$ 3,2 mil na cotação atual). Sua última frase: “Don, eu vou te pagar”. King cumpriu pena de quatro anos. Ao sair da cadeia, trocou as apostas ilegais pela organização de lutas de boxe.

Em 1974, Don King organizou o histórico duelo no Zaire entre Muhammad Ali e George Foreman. No ano seguinte nas Filipinas, fez Ali x Joe Frazier 3, apontada como a maior luta de todos os tempos.

Don King foi o empresário de maior sucesso da nobre arte e chegou a trabalhar com o astro da música pop Michael Jackson na década de 80.

Mais de 500 noitadas com disputa de título mundial foram organizadas, com mais de uma centena de lutadores recebendo US$ 1 milhão (R$ 5,3 milhões) de bolsa. Com isso, centenas de processos na Justiça americana. Nos anos 90, chegaram a levá-lo para a corte de Nova York. A pena que queriam impor a King era de 68 anos de cadeia.

Na noite anterior ao julgamento, o prédio onde estava hospedado o júri pegou fogo. Os jurados foram mudados e Don King absolvido.

Em 2010, perdeu a esposa e recentemente passou por um tratamento médico. Atualmente, defende todas as atitudes polêmicas do presidente Donald Trump, com quem realizou muitos eventos em Atlantic City.

Muitos o consideram um gângster. Mas todos concordam que seu nome está escrito na história do boxe. No próximo dia 29, anuncia uma programação em Miami com Manuel Charr (quase quatro anos sem lutar), Trevor Bryan, Beibut Shumenov (dois anos e meio sem lutar), Raphael Murphy, Bermane Stiverne (perdedor em três das últimas quatro lutas) e Cristopher Lovejoy.